Fonte da direção da ASPP adianta que os cerca de 30 elementos do Corpo de Intervenção (CI) da PSP do Porto destacados para fazer o policiamento, no domingo, no jogo de futebol entre Guimarães e o FC Porto, “informaram a hierarquia que não iam entrar” no estádio.

Fonte policial disse à agência Lusa que, no domingo, cerca de 30 elementos do CI da PSP do Porto recusaram entrar no estádio Dom Afonso Henriques para fazer policiamento de visibilidade no jogo entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, como forma de protesto.

A mesma fonte adiantou que os elementos do Corpo de Intervenção apenas acompanharam os adeptos do FC Porto entre os autocarros e a entrada do estádio, tendo entrado no campo de futebol para fazer policiamento os polícias das equipas de intervenção rápida, os que recebem gratificados para fazerem este serviço.

Hoje, em comunicado, a direção nacional da PSP negou este protesto, esclarecendo que o jogo de futebol, na disputa pelo Troféu Cidade de Guimarães, decorreu dentro da normalidade e de acordo com o planeamento elaborado pelo Comando Distrital da PSP de Braga.

"Os polícias do Corpo de Intervenção, que, ao longo dos anos, têm sabido cumprir exemplarmente todas as missões que lhe são atribuídas, incluindo em jogos de futebol de risco elevado, cumpriram mais uma vez o planeado e o que deles se esperava, garantindo a deslocação em segurança dos adeptos do clube visitante e ficando de reserva nas imediações do estádio, durante todo o decurso do jogo", adianta o comunicado.

A ASPP refere que é visível nas imagens de televisão que apenas estão dentro do estádio os elementos das equipas de intervenção rápida, tendo sido a primeira vez que o CI faz um protesto deste género.

Na sexta-feira, a ASPP avisou que o CI e das equipas de intervenção rápida iriam realizar várias ações de protesto no início do campeonato de futebol, estando em causa o não-pagamento dos gratificados para estes profissionais.

A ASPP tem alertado o Governo para a necessidade de rever os modelos de policiamento de futebol profissional, considerando que os clubes devem pagar este trabalho feito pelos polícias.

Na terça-feira, a ASPP vai realizar uma reunião para definir formas de luta em futuros jogos, caso o Governo não dê uma resposta a esta reivindicação.

A ASPP defende que as empresas que organizam os eventos sejam responsáveis pela sua segurança, pagando, como qualquer outra, o que está estipulado na lei para utilização dos serviços da polícia nas suas horas de descanso.