Num plenário realizado na secção de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os trabalhadores decidiram avançar com uma “greve geral por tempo indeterminado”, caso o Ministério da Administração Interna (MAI) e a direção nacional do SEF não resolva até ao fim de janeiro a situação que consideram "insustentável", disse à agência Lusa a presidente do Sindicato dos Funcionários do SEF (SINSEF).

Manuela Niza adiantou que os trabalhadores não policiais exigem ser enquadrados na lei orgânica e no estatuto profissional do SEF, passando a receber o subsídio de disponibilidade permanente e a ter direito ao passe social genérico.

Segundo Manuela Niza, a reivindicação já é antiga, estando a tornar-se “insustentável”, tendo em conta que o trabalho documental aumenta e o pessoal técnico (juristas, informáticos e administrativos) é cada vez menos.

Para resolver esta situação, a presidente do SINSEF refere que está a ser utilizada “uma manobra de sustentação” que “não se consegue compreender” que passa pela colocação de inspetores nas funções de cariz técnico.

“A proporção neste momento é de cerca de 700 inspetores para apenas 500 elementos de pessoal técnico, ou seja, os inspetores que fazem faltam nas fronteiras estão às secretárias a instruir processos documentais, desperdiçando a sua formação específica, de cariz policial e fronteira e sem sequer conhecimentos especializados para as funções que foram chamados a desempenhar”, sustenta o sindicato.

Como exemplo do volume de trabalho, Manuela Niza afirmou que o SEF tem pendências e marcações para renovação e concessão de autorização de residência até agosto de 2018.

Depois de ter realizado o plenário na direção de Lisboa, a maior do país, o SINSEF vai realizar outros plenários no Norte, Centro e Algarve.