Os 10 sindicatos que têm exigido negociações sobre o tempo de carreira dos professores congelado pelas medidas de austeridade, querem saber em concreto quais são as novas propostas que o ministério tem para colocar em cima da mesa negocial, na segunda-feira.
“Para aquela reunião, contudo, não foi indicada qualquer agenda concreta, limitando-se o Ministério da Educação a referir, no assunto do e-mail enviado às organizações, 'Agendamento de reunião de negociação sindical - Artigo 17.º da Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro'", afirmaram as organizações sindicais num comunicado conjunto divulgado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Na sequência da convocatória que receberam ao final da tarde de terça-feira, os sindicatos solicitaram hoje de manhã ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, informação sobre a disponibilidade dos representantes do governo para “pela primeira vez”, aceitarem negociar o prazo e o modo de recuperar o tempo de serviço cumprido pelos docentes nos períodos em que as carreiras estiveram congeladas, “tendo em consideração, como ponto de partida, a proposta apresentada pelas organizações sindicais”.
A proposta sindical passa pela recuperação integral do tempo de serviço, de forma gradual, à semelhança da solução encontrada para a Madeira.
O primeiro-ministro, António Costa, antecipou na terça-feira que o Governo voltará a aprovar o decreto que recupera dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço congelado aos professores, se falharem as negociações com os sindicatos, que exigem a reposição de nove anos, quatro meses e dois dias.
Na opinião do primeiro-ministro, "urge aprovar" o decreto, pois caso isso já tivesse acontecido, estaria a "permitir maiores progressões na carreira" aos professores.
Os sindicatos de professores já anunciaram a realização de uma manifestação nacional a 23 de março, em Lisboa, no âmbito da luta pela recuperação integral do tempo de serviço congelado.
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