"A frase ‘pedimos desculpa’ passou aqui também a ser a regra e não a exceção, como se verifica na Soflusa, que apenas dispõe de cinco navios operacionais, o que se reflete no aumento da supressão de carreiras", refere a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) em comunicado.

A federação salienta ainda que também na Transtejo os níveis de imobilização de navios "são elevados".

"Basta ver a quantidade de navios atracados na doca em Cacilhas, que deveriam estar ao serviço e estão parados, uma parte deles por falta de certificados de navegação", lê-se no documento.

A reunião entre sindicatos e as comissões de utentes e o secretário de estado do Ambiente está agendada para dia 03 de outubro, pelas 14:30.

A Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa, enquanto a Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e a capital.

Os trabalhadores da Soflusa, empresa responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, anunciaram na terça-feira que vão avançar com uma greve ao trabalho extraordinário.

"Os trabalhadores da Soflusa, num plenário da Comissão de Trabalhadores, decidiram avançar, para já, com uma greve ao trabalho extraordinário", disse à Lusa Carlos Costa, da Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

Os deputados do PCP eleitos por Setúbal já questionaram o Governo sobre "a degradação" do transporte fluvial no rio Tejo, exigindo a "adoção urgente" de planos de modernização e manutenção da frota.