Numa nota de conjuntura, “um dos impactos previsíveis desta guerra é que a UE [União Europeia] se empenhe em aumentar a sua autossuficiência energética, para além de aumentar a diversificação de fontes de energia bem como a sua origem geográfica, para reduzir a dependência da Rússia”.

Neste contexto, “Portugal tem condições de beneficiar desta evolução, quer na produção de energia de base renovável para exportação, quer como porta de entrada de gás liquefeito por Sines”, sublinhou o Fórum.

Mas, para isso, referiu a entidade, “será necessária forte pressão política, em conjunto com Espanha, para melhorar as ligações e elétricas e de gás natural” em direção a França.

A entidade indicou ainda que “em relação às sanções há dois pontos prévios. Por um lado, dependendo do seu desenho, é possível que prejudiquem os países que as lançarem, o que não constitui motivo para as evitar, mas um elemento que deve ser tomado em consideração na sua definição”, referiu.

“Por outro”, alertou, “há um risco muito elevado de as sanções atingirem mais a população russa do que os seus dirigentes, o que poderia, no curto prazo, aumentar o apoio a Putin”.

Na mesma nota, o Fórum disse que “é dos bancos centrais que poderá vir a principal resposta, embora estes estejam numa posição especialmente delicada, já que os efeitos iniciais serão de subida de preços e de abrandamento da atividade”, sendo que o “primeiro efeito pediria um aumento das taxas de juro, enquanto o segundo requereria a decisão oposta”.

Por outro lado, “o impacto negativo sobre o PIB decorre de várias vias: pela subida dos preços, pelas sanções e pela incerteza”.

“A subida de preços dos combustíveis prejudica os consumidores e aumenta os custos das empresas. As sanções deverão prejudicar os países com laços comerciais mais fortes com a Rússia, com destaque para a Alemanha, que deverão afetar indiretamente os restantes, em particular Portugal”, destacou.

“Já foram divulgadas as primeiras estimativas de impacto da guerra sobre o PIB, que, por enquanto, indicam um efeito limitado”, referiu o Fórum, apontando que o banco Goldman Sachs “prevê um abrandamento de 0,2 pontos percentuais da zona euro, em 2022, para 3,9%”. A Oxford Economics antecipa “que a zona euro poderá abrandar 0,3% em 2022 e 0,5% em 2023 e 2024”.

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