Segundo a AFP, o governador de Oaxaca, Alejandro Murat, informa que o número de mortos subiu para 32, sendo 23 deles registados nesse estado. O estado vizinho de Chiapas regista sete vítimas mortais e o de Tabasco duas.
O tremor de terra, o mais forte do último século no país, foi sentido com especial intensidade na costa sul do México. Na capital, Cidade do México, muitos edifícios abanaram violentamente. A magnitude do sismo tem vindo a ser revista ao longo do dia.
Com epicentro a 137 quilómetros de Tonalá, no estado de Chiapas, o terramoto provocou cortes de energia na Cidade do México, onde soou um alarme sísmico e imediatamente se começaram a ouvir sirenes de ambulâncias.
O governador Manuel Velasco, à Milenio TV, tinha referido que pelo menos três pessoas morreram em Chiapas, adiantando que as mortes ocorreram em San Cristobal de las Casas, no estado de Chiapas, no sul do México, dando também conta de danos em hospitais e escolas.
As vítimas no estado de Tabasco são crianças. O governador Arturo Nunez indicou que uma das crianças morreu na sequência da derrocada de uma parede, e a outra, um bebé, morreu num hospital pediátrico que ficou sem eletricidade, interrompendo o funcionamento do ventilador a que estava ligado.
Aguarda-se informação sobre as restantes vítimas mortais.
As aulas foram suspensas em vários estados, incluindo a capital, para uma revisão estrutural das escolas.
Na cidade de Juchitán, em Oaxaca, um hotel desabou e várias casas sofreram danos.
Este sismo foi mais forte do que o registado em 1985 e que fez milhares de vítimas e destruiu a Cidade do México. Aliás, o abalo foi o maior registado com sismógrafos na história do país e sentiu-se em praticamente metade do México, bem como nos países vizinhos.
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico ativou um alerta para o México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador. O Sistema de Alerta de Tsunamis dos Estados Unidos avisou que há possibilidade de perigosas ondas de tsunami nas costas do Pacífico de vários países da América Central nas próximas três horas.
O Presidente do México, Enrique Peña Neto, advertiu hoje a população para a possibilidade de nas próximas 24 horas se registar uma forte réplica do terramoto de 8,4 que sacudiu o país na quinta-feira à noite.
Em declarações ao canal de televisão Televisa, Peña Nieto disse que os mexicanos precisam de estar muito atentos e que a réplica pode superar a magnitude de 7 na escala de Richter, após recordar que em 1985 ocorreu uma réplica muito potente, de 7,5, um dia depois do primeiro grande sismo de magnitude 8,1.
Assegurou que até agora o alerta de tsunami no sudeste do estado de Chiapas, onde se registou o epicentro do sismo ocorrido na noite de quinta-feira, “não representa um risco maior” e considerou que 50 milhões de pessoas podem ter sentido o tremor de terra por todo o país.
Peña Nieto disse estar no Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred), numa reunião com as secretarias da Defesa e da Marinha, assim como com a Comissão Federal de Eletricidade, entre outras entidades, para fazer um “diagnóstico pontual” do que ocorreu e adotar as medidas necessárias.
O Presidente mexicano assinalou que o sismo de quinta-feira foi maior do que o de 8,1 na escala de Richter de 19 de setembro de 1985, que fez milhares de mortos, mas sublinhou que a cultura de proteção civil entretanto avançou.
O chefe de Estado apelou ainda à população para verificar os danos registados.
“Vamos continuar a trabalhar para fazer uma avaliação mais precisa dos danos”, acrescentou.
A força do sismo fez residentes na Cidade do México fugirem das suas casas, ainda de pijama, juntando-se a grupos nas ruas.
Na capital mexicana, os edifícios abanaram com intensidade por mais de um minuto, descreveu a agência noticiosa Associated Press (AP).
No estado de Chiapas os relatos indicaram para um impacto significativo.
“A casa moveu-se como pastilha elástica e a luz e internet desapareceram momentaneamente”, contou Rodrigo Soberanes, que vive em San Cristobal de las Casas, no estado do sul.
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