A Comissão Europeia rejeitou, na terça-feira, o plano orçamental de Itália para 2019 e deu ao Governo italiano três semanas para apresentar um novo orçamento.
Contudo, Matteo Salvini, líder da extrema-direita italiana e ministro do Interior, já disse hoje que o governo de Roma vai manter o Orçamento do Estado para 2019 mesmo que a Comissão Europeia "mande 12 cartas".
"Julgo que a situação do orçamento italiano não tem nenhuma relação com o orçamento português. Dito isto, o que está a acontecer na relação com Itália e o próprio crescimento da extrema direita italiana é um sinal de desagregação da União Europeia", respondeu Catarina Martins aos jornalistas, à margem de uma visita à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em Lisboa.
Para a líder do BE, a situação que se vive em Itália resulta ainda da "incapacidade da União Europeia de promover, por um lado, o respeito pelos direitos humanos", e, por outro lado, "a capacidade dos estados terem estado social, terem emprego, terem crescimento económico e isso é um dos maiores perigos que a Europa vive hoje em dia".
Já sobre o novo livro do antigo Presidente da República Cavaco Silva e a classificação que faz do atual primeiro-ministro, António Costa, nessa mesma obra, Catarina Martins respondeu apenas: "peço imensa desculpa, eu não li, confesso, nenhum dos livros que Cavaco Silva escreveu até hoje e não estou a pensar ler o que saiu agora".
No livro de memórias políticas que será hoje apresentado publicamente, Cavaco Silva considera o primeiro-ministro “um mestre em gerir a conjuntura política, em capitalizar a aparência de ‘paz social’ e em empurrar para a frente os problemas de fundo da economia portuguesa”.
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