Este agravamento é explicado em parte pelo “crescimento dos gastos com pessoal, dos fornecimentos e serviços externos e das mercadorias vendidas e matérias consumidas, contrapondo com a diminuição das transferências correntes registadas, uma vez que foram efetuadas em 2018 entradas de capital sem impacto nos rendimentos do ano”, refere o Relatório e Contas do Ministério da Saúde do Serviço Nacional de Saúde.

Relativamente aos gastos, o relatório refere que “as variações não foram tão significativas, quando comparadas com as ocorridas na componente dos rendimentos”.

Nas “rubricas de maior peso”, destaca-se o aumento de 6,1% nos fornecimentos e serviços externos para 4,04 mil milhões de euros, a subida de 5,7% nos gastos com pessoal para 4,06 mil milhões de euros e de 4,8% no custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas para 1,8 mil milhões de euros.

Os gastos com pessoal representam 39,5% na estrutura dos gastos do SNS, refere o relatório, indicando que em 2018 foram contabilizados 135.401 trabalhadores nas entidades do Ministério da Saúde e Serviço Nacional de Saúde, um aumento de 2,6% face a 2017.

Os enfermeiros, que em 2018 totalizavam 44.932, foram o grupo profissional que mais cresceu, com mais 1.373 profissionais face a 2017, representando cerca 33% dos trabalhadores.

Os médicos, a segunda classe profissional com maior peso (21,6%), totalizavam 29.291, seguidos dos assistentes operacionais (19,7%), que eram 26.740 no ano passado.

Às despesas com pessoal, juntam-se o fornecimentos e serviços externos, que representaram 39,2% dos gastos, e o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 17,6%.

Estas três rubricas representam 96,3% do total dos gastos do Serviço Nacional de Saúde, refere o relatório publicado no ‘site’ da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Quanto ao passivo, registou-se uma descida de cerca de 590 milhões de euros, para 3,79 mil milhões de euros, “influenciada sobretudo pela diminuição das contas de outros acréscimos de gastos, diferimentos e fornecedores”.

O relatório destaca a diminuição de 145,6 milhões de euros (menos 4,2%) nas dívidas a fornecedores e outras contas a pagar,

para 3,36 mil milhões de euros.

Esta descida “resulta do esforço empreendido no sentido de conter e recuperar os atrasos nos pagamentos a fornecedores”, destaca o documento.

O relatório explica que os resultados estão em parte associados ao novo Sistema de Normalização Contabilística para a Administração Pública (SNC-AP), o que “não permite uma comparabilidade direta com o novo referencial, com especial incidência, no que respeita à apresentação das outras contas a pagar”.

Assim, acrescenta, “considera-se que a redução verificada no passivo tem origem sobretudo na rubrica de ‘diferimentos’, uma vez que o novo referencial determinou uma alteração no procedimento contabilístico de registo dos subsídios ao investimento, que em POCMS [Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde], eram registados na rubrica de diferimentos, enquanto no SNC-AP passaram a ser escriturados na rubrica Transferências e subsídios de capital”.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.