"Só se ouve muitas ambulâncias e a polícia"

Joana Mendes vive há seis meses em Munique. Hoje é uma entre tantos habitantes da cidade, encurralados em casa, no escritório ou noutros locais considerados seguros numa cidade em estado de sítio depois de um tiroteio de origem ainda desconhecida.

"Estou dentro do edifício onde trabalho. Não se percebe o que se está a passar neste momento, só se ouve muitas ambulâncias e a polícia", conta Joana Mendes, através de mensagem audio pelo chat do messenger, ao SAPO24. Porquê audio? Basicamente porque tinha tantas pessoas, familiares e amigos, a tentar contactá-la que não conseguia dar resposta a todos por escrito.

"A polícia alemã disse para toda a gente ir para casa e ficar em casa", continua. Isto, para quem estava na rua. No seu caso, não tem outra opção que não ficar no escritório e esperar. "Agora estamos, eu e os meus colegas de trabalho, à espera que seja seguro para que possamos ir para casa".

O que vê do local onde se encontra é aparentemente normal. "Quando se olha lá para fora, vê-se pessoas a andar na rua normalmente, tráfego normal, porém, não se vê autocarros, metro ou qualquer outro tipo de transporte público".