O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desmaiou esta tarde durante uma visita à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Costa da Caparica, tendo sido depois transportado para o Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, "por precaução".
Mais tarde, o chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, confirmou aos jornalistas, à entrada do Hospital de Santa Cruz, que o presidente "chegou a desmaiar, mas recuperou rapidamente" os sentidos.
"Está conscientíssimo, aliás, posso-lhe dizer que me ligou do telemóvel da ambulância, portanto, está perfeitamente", referiu o chefe da Casa Civil da Presidência da República.
"Nem queria que anulássemos a agenda da tarde", acrescentou.
O primeiro-ministro foi das primeiras figuras a reagir, sublinhado aos jornalistas que tentou falar com o chefe da Casa Civil para saber do estado de saúde do presidente da República e foi o próprio quem lhe atendeu o telefone.
“O senhor presidente da República atendeu-me o telefone, estava com muito bom humor e não me pareceu que estivesse preocupado com o seu estado de saúde”, disse António Costa.
Acrescentou ainda que "a ministra da Ciência, que estava ao seu lado, alertou-me que tinha havido um problema [com o presidente]. Depois disso, fui mantendo o contacto com o chefe da Casa Civil e, agora [nesta última chamada], foi o próprio presidente da República a atender", explicou o primeiro-ministro.
O último a reagir seria o médico pessoal do chefe de estado, Daniel de Matos, que sublinhou conhecer Marcelo "desde os dez anos" e que não há nada a fazer para conseguir parar um "bocadinho a hiperatividade do presidente".
Disse ainda que o presidente queria falar aos jornalistas, mas a equipa médica não permitiu, sendo que estava acompanhado pelo chefe da Casa Civil e pelo Diretor Clínico do Hospital de Santa Cruz.
Já no final do dia, Marcelo Rebelo de Sousa acabaria por falar com os jornalistas, depois de ter alta e descansou o país afirmando: “Sinto-me muito, muito bem”.
Acrescentou também que esta situação foi muito semelhante àquela que tinha vivido “em Braga em junho de 2019” e ocorreu “num dia muito quente”, explicou. “Foi uma quebra de tensão repentina, senti tudo a ser distanciado”, disse o Chefe de Estado.
Reforçou também que espera que a situação não se repita “nos próximos cinco anos” e adiantou que os exames realizados não demonstraram motivos para alarme, sendo que amanhã haverá uma “nova avaliação”.
Recorde-se que a indisposição de Marcelo Rebelo de Sousa aconteceu no fim de uma visita à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no concelho de Almada, que não constava da sua agenda enviada à comunicação social.
Nesta visita, estava acompanhado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Para hoje, às 17:00, o chefe de Estado tinha prevista uma iniciativa com alunos no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa.
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