O Vulcão de Fogo provocou mortes em várias comunidades localizadas na margem sul do monte, anunciou o porta-voz da Coordenação Nacional para a Redução de Desastres (Conred), David de León.

A Conred afirmou que até o momento foram registradas 33 mortes, 46 feridos, enquanto 3.263 pessoas foram retiradas das suas casas e 1.687 pessoas levadas para abrigos nos departamentos de Escuintla (sul) e Sacatepéquez (oeste), que ao lado de Chimaltenango (oeste) são os mais afetados pela erupção, em números atualizados.

De acordo com as autoridades, 3.100 pessoas das comunidades próximas já foram retiradas das habitações devido à queda das cinzas, que começaram agora a afetar uma área populacional com cerca de 1,7 milhões de pessoas.

A erupção que se iniciou, no domingo, no Vulcão de Fogo é a mais forte dos últimos anos e está a provocar espessas colunas de cinzas que sobem até cerca de 10 mil metros de altura e caem depois num raio alargado, chegando mesmo à Cidade da Guatemala.

O Presidente da Guatemala, Jimmy Morales, anunciou já que vai declarar o estado de emergência, sujeito a aprovação do Congresso, e pediu aos cidadãos que estejam atentos aos avisos das autoridades de emergência.

A pista do aeroporto internacional La Aurora, na capital, foi entretanto encerrada, por motivos de segurança.

Imagens de vídeo publicadas pelos ‘media’ locais mostram paisagens carbonizadas, nos locais onde as torrentes de lava entraram em contacto com as casas.

“Atualmente, o vulcão continua a entrar em erupção e existe um alto potencial para avalanchas de detritos (piroclásticos)”, escreveu a agência gestão de desatres na rede social Twitter, citando Eddy Sanchez, diretor do Instituto de Sismologia e Vulcanologia (Insivumeh) guatemalteco.

Segundo Sanchez, as torrentes de lava atingiram temperaturas de cerca de 700 graus Celsius.

O vulcão, de 3.763 metros de altura, situa-se nas regiões de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, a 50 quilómetros a oeste da capital de Guatemala, zonas que são, por isso, as mais afetadas.

O instituto de sismologia guatemalteco anunciou que o vulcão está a voltar à atividade normal, mas advertiu que as ravinas, de até 80 metros de profundidade, estão cheias de matéria vulcânica.

As autoridades não descartam uma nova erupção.

(Notícia atualizada às 19h34: atualizado o balanço de vítimas mortais)