"Encontramos outros quatro corpos nos escombros, além de restos humanos", disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, numa conferência de imprensa, sem dar conta das mudanças no número de desaparecidos, que na última hora de sábado estava em 156.
Desde o colapso de parte das Torres Champlain, um edifício com 136 apartamentos situado na localidade de Surfside, na manhã de quinta-feira, as equipas de resgate não pararam as buscas, trabalhando em turnos de quatro horas.
Numa questão de segundos, por razões ainda por determinar, 55 apartamentos ruíram.
Imagens de vídeo mostram que o centro do condomínio, formado por três torres adjacentes, parece desabar primeiro, com uma secção mais próxima do mar a oscilar e cair segundos depois, provocando uma enorme nuvem de pó.
Equipas do México e de Israel estão a colaborar nas buscas, dificultadas por um incêndio que ocorreu ontem escombros.
As autoridades ainda não adiantaram a causa do colapso do prédio, e a investigação deverá levar meses, alertaram especialistas.
Um relatório realizado por uma empresa de engenharia em 2018, divulgado nas últimas horas, indicava danos estruturais "significativos" nas Torres Champlain, bem como "fissuras" na cave do edifício, recomendando reparações.
Outro estudo realizado em 2020 indicava que as Torres Champlain, construídas em 1981, tinham afundado cerca de dois milímetros por ano entre 1993 e 1999, mas o autor do documento afirmou que isso, só por si, não deveria provocar o colapso do edifício.
O teto do prédio estava a ser alvo de obras, mas ainda se desconhece se essa intervenção estará relacionada com o acidente.
O município de Miami-Dade ordenou uma inspeção de todos os edifícios com mais de 40 anos situados na orla marítima, nos próximos 30 dias.
As torres, localizadas a uma dezena de quilómetros de Miami Beach, acolhiam residentes permanentes e sazonais.
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