O sismo, de magnitude 7,3 na escala de Richer, foi registado junto à fronteira com o Iraque e foi sentido até à costa do Mediterrâneo, a mil quilómetros de distância.
No Iraque, o terremoto foi sentido em Bagdad e em muitas províncias.
No anterior balanço apontavam-se 407 vítimas mortais.
Mais de metade das vítimas são de uma cidade de maioria curda, Sarpol-e Zahab, na província de Kermansh, que ficou sem parte do hospital, obrigando o exército a montar hospitais de campanha.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o sismo foi registado às 18:18 de Lisboa na fronteira entre o Iraque e o Irão.
Mais de 100 réplicas foram sentidas desde então.
As redes sociais e os media iranianos mostram imagens de pessoas a fugirem das suas casas e prédios esventrados.
Depois de inicialmente ter colocado o epicentro do sismo no lado iraquiano da fronteira, o USGS colocou-o hoje - assim como o seu homólogo iraniano - no Irão, perto da fronteira, cerca de 50 quilómetros a norte de Sarpol-e Zahab, a cidade mais afetada, com 236 mortos.
Inicialmente, o USGS indicou uma magnitude de 7,2.
O epicentro foi 23,2 quilómetros abaixo da superfície, uma profundidade reduzida, o que pode aumentar os danos provocados pelo sismo.
A zona mais afetada pelo tremor de terra foi a cidade de Sarpol-e Zahab na província de Kermanshah, que fica situada nas montanhas Zagros, que dividem o Irão e o Iraque.
Os residentes naquela zona rural subsistem maioritariamente da agricultura.
O Irão situa-se numa zona sísmica onde ocorrem sismos quase diariamente.
Em dezembro de 2003, um sismo destruiu a cidade histórica de Bam no Irão, na província de Kerman (sudeste). Pelo menos 31 mil pessoas morreram.
Em abril de 2013, o Irão sofreu dois sismos de magnitude 6,4 e de 7,7, o pior abalo desde 1957 naquele país. Os dois causaram cerca de 40 mortos no Irão e no vizinho Paquistão.
Em junho de 1990, um terramoto de magnitude 7,4 no Irão, perto do Mar Cáspio (norte), causou 40 mil mortos, mais de 300 mil feridos e deixou desalojados 500 mil pessoas. Uma área de 2.100 quilómetros, composta por 27 cidades e 1.871 aldeias espalhadas pelas províncias de Ghilan e Zandjan, foi devastada numa questão de segundos.
[Notícia atualizada às 14:42 - revê em alta o número de vítimas: 407 mortos e 6.700 feridos]
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