A Soflusa explica, na sua página na internet, que, “mantendo-se os constrangimentos laborais”, está prevista a supressão das carreiras das 06:45, 07:10, 07:35, 08:00, 8:25, 08:50, 09:40, 14:55, 15:35, 16:20, 16:30, 17:10, 17:20, 18:00, 18:10, 18:50, 19:00, 19:50, 20:35 e 21:25, no sentido entre Barreiro e Lisboa.

No sentido contrário está prevista a supressão das carreiras das 07:10, 07:35, 08:00, 08:25, 08:50, 09:15, 15:20, 16:00, 16:45, 16:55, 17:35, 17:45, 18:25, 18:35, 19:15, 19:25, 20:15, 21:00 e 21:55.

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro salienta que as supressões anunciadas para segunda-feira, dia 27 de maio, vão acontecer num dia em que já não está marcada nenhuma greve de trabalhadores.

“A administração continua, propositadamente, a usar a expressão constrangimentos laborais. Trata-se de um eufemismo, semântico, mas não inocente, com vista a confundir os utentes”, refere a comissão em comunicado enviado à Lusa.

Para esta entidade, “os constrangimentos laborais na Soflusa têm um nome” que é a “falta de, pelo menos, 30 trabalhadores nas áreas de navegação – mestres, maquinistas e marinheiros -, na área administrativa e nas áreas comerciais e de apoio ao cliente”.

A comissão explica que a situação é de especial gravidade no caso dos mestres que, em 2018, “se viram obrigados a fazer cerca de quatro mil horas extraordinárias”.

“Há pessoal da área da navegação (mestres, maquinistas e marinheiros) à beira da exaustão. Repetimos: os ditos constrangimentos são a não admissão de pessoal que decorre há vários anos”, sustenta.

A comissão de utentes lembra que já apresentou um memorando reivindicativo à administração da empresa para ajudar a resolver os problemas e espera que a “situação insuportável” seja ultrapassada.

Em 10 de maio, as ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa começaram a ser suprimidas pela falta de mestres, o que levou a empresa a anunciar, quatro dias depois, não conseguir prever quando iria repor o serviço.

Os mestres da Soflusa cumprem hoje o último dia de uma greve parcial de dois dias, de três horas por turno, para defender a contratação de novos profissionais. A paralisação tem causado perturbações no serviço.

Devido à falta de entendimento com a empresa de transporte fluvial, foi anunciada uma nova paralisação entre 03 e 07 de junho, informou hoje fonte sindical.

Os mestres da empresa também começaram na quinta-feira uma greve às horas extraordinárias, que se deve prolongar até final do ano, devido à “falta de profissionais”.

Os mestres responsabilizam a empresa pelo conflito laboral e lamentam as críticas de que estão a ser alvo.

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