Em resposta por escrito a questões colocadas pela agência Lusa, a empresa esclareceu que “dada a escassez de tripulantes habilitados a exercer a função de mestre, ainda que existam esforços da empresa e um diálogo permanente com a comissão de trabalhadores e sindicatos, não pode prever a reposição da normalidade operacional”.
As supressões de horários, no período noturno, “resultam do agravamento das limitações de recursos humanos na empresa”.
Em falta, detalhou a Soflusa, estão 24 mestres para “assegurar a totalidade dos horários comerciais”.
Além disso, os mestres estão em greve às horas extraordinárias, depois do pré-aviso de greve do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e da Marinha Mercante, a qual se prolonga até 31 de dezembro deste ano.
A empresa adiantou ainda que abriu concurso para as vagas de mestres e “aguarda, a todo o momento, autorização para a contratação” de mais trabalhadores.
Para já, de acordo com a sua página na internet, entre o Barreiro e Lisboa, vão ser cortados os horários das 00:30, 01:30 e 05:20, na quarta e sexta-feira, e das 00:05, 05:20 e 23:30, na quinta-feira.
De Lisboa para o Barreiro, os passageiros vão ficar sem os horários das 00:00, 01:30 e 05:50, na quarta e sexta-feira, e das 00:30 e 05:50 na quinta-feira.
Para quarta e sexta-feira, a empresa prevê ainda cortar as carreiras extraordinárias nos horários das 00:55 e 01:45, entre Barreiro e Lisboa, e das 01:20 e 02:10, entre Lisboa e Barreiro.
Entre sexta-feira e hoje já foram suprimidos 24 barcos, durante a noite, nos dois sentidos.
A Soflusa informa ainda que, “por motivos de segurança, o navio inicia viagem logo que é alcançada a lotação máxima de passageiros embarcados, independentemente do horário previsto”, podendo haver atrasos e haver carreiras que sejam realizadas fora dos horários em vigor.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa.
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