Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Nos informa que com a venda a Sonae deixou de ter uma participação qualificada, que passou a ser detida pela Sonaecom.

“Por contrato de compra e venda celebrado no dia 20 de julho de 2023, a Sonae SGPS, S.A. (“Sonae”) alienou 58.204.920 ações representativas de 11,30% do capital social da NOS — SGPS, S.A. (“NOS”) à Sonaecom — SGPS, S.A. (“Sonaecom”)”, pode ler-se no comunicado.

A Sonae vendeu a participação por 3,6527 euros por ação, num total global de 212,6 milhões de euros.

Segundo a Nos, esta alienação determinou a alteração do título de imputação dos direitos de voto inerentes àquelas ações, os quais deixaram de ser imputados diretamente à Sonae para passarem a ser-lhe imputados indiretamente, através da Sonaecom, sociedade por si dominada.

“Passam, assim, a ser imputáveis indiretamente à Sonae os direitos de voto correspondentes a 192.527.188 ações da NOS, detidas pela Sonaecom”, detalha.

Em comunicado enviado na quinta-feira à CMVM, a Sonaecom sublinhou que apesar de ultrapassar, com esta transação, um terço dos direitos de voto corres¬pondentes ao capital social da NOS, “não existe qualquer alteração material no que ao exercício dos direitos de voto inerentes às ações diz respeito”.

“Por este motivo, a Sonaecom irá requerer a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários que, confirmando o entendimento nesse sentido já transmitido a Sonaecom, declare não ser exigível o lançamento de uma oferta pública de aquisição sobre as ações (ou outros valores mobiliários equiparados) da NOS em consequência da mencionada aquisição”, indicou.

A Sonaecom reiterou ainda “a intenção de, como acionista de referência da NOS, continuar a assegurar um quadro de estabilidade acionista na NOS favorável ao desenvolvimento do seu importante projeto empresarial no setor das telecomunicações”.