Em declarações à agência Lusa, Alexandre Santos, diretor da empresa de base tecnológica em fase de desenvolvimento "Snood Foods", explicou hoje que foi com o propósito de "aumentar o consumo de leguminosas" na alimentação dos portugueses que, em 2017 (Ano Internacional das Leguminosas), quatro investigadores da FCNAUP desenvolveram os "Bean'Go".

Com o intuito de tornar os snacks desenvolvidos na FCNAUP "comerciáveis", Alexandre Santos decidiu juntar-se à equipa de investigadores e criar a "Snood Foods".

"Na altura, fiquei muito interessado com o projeto e juntei-me para, de certa forma, tornar esse projeto de investigação, comerciável", esclareceu, acrescentando que a ideia era criar um produto que correspondesse aos atuais "consumos e comportamentos" da população portuguesa no que concerne à alimentação.

"Queríamos criar um produto que fosse conveniente e que as pessoas pudessem consumir em qualquer momento do dia", disse.

Segundo Alexandre Santos, os snacks, compostos por mais de 50% de leguminosas e feitos no forno, são "um produto natural, extremamente saudável e muito saboroso".

"Em média, os 'snacks' têm duas vezes mais proteína do que os outros 'snacks' no mercado", explicou o responsável, adiantando estarem já a ser comercializados, em 50 lojas da marca Pingo Doce, dois produtos diferentes: um de ervilhas e outro de grão de bico.

Além destes alimentos, os 'snacks' sem glúten, contém também azeite, farinha de arroz, pós de fruta e especiarias, como manga, tomate e orégão, e outros ingredientes "segredo".

À Lusa, Alexandre Santos adiantou terem já recebido "um bom 'feedback' das pessoas", sendo que o objetivo da 'startup' passa agora por fazer snacks de outras leguminosas, como de feijão vermelho, feijão preto e lentilhas.

Paralelamente, a "Snood Food" pretende ainda "tornar o produto mais divertido para as crianças" e explorar outros formatos, uma vez que o atual produto é de 25 gramas.

"Queremos tentar fazer produtos de outros formatos, nomeadamente, de 50 ou 100 gramas. Assim como também queremos chegar a outros mercados a nível nacional e internacional, uma vez que algumas distribuidoras belgas e espanholas já demonstraram interesse em vender o nosso produto", concluiu.

Além de Alexandre Santos, os snacks foram desenvolvidos pelos investigadores da FCNAUP Márcia Gonçalves, Gonçalo Barreto dos Santos, Débora Teixeira e Duarte Torres.

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