Em declarações aos jornalistas em Trancoso, Rui Rio frisou que “cabe ao primeiro-ministro dizer se o ministro da Defesa pode ou não, deve ou não, continuar”.

Mas, se fosse primeiro-ministro, Rui Rio “não tolerava uma situação destas”, por a considerar “absolutamente insustentável” por vários motivos.

“Se eu fosse primeiro-ministro, o ministro da Defesa já tinha saído. Penso até que, através de conversas a dois, ele teria saído pelo seu próprio pé”, afirmou.

Segundo o líder social-democrata, “independentemente de ser verdade ou não ser integralmente verdade aquilo que tem vindo a público”, é “absolutamente inquestionável” que “o ministro da Defesa está fragilizado politicamente”.

Por isso, “não tem condições de se impor como ministro da Defesa, à frente das Forças Armadas, que requerem alguém com peso político e respeitabilidade inquestionável”, frisou.

“A responsabilidade não é minha, é o primeiro-ministro que tem de decidir e responsabilizar-se por isso, de arrastar esta situação, ou não arrastar. Eu faria diferente. Já se arrastou demasiado tempo”, acrescentou.