"Conforme notícias que têm sido veiculadas nos últimos dias, confirmo que, após um período de reflexão e muita ponderação, cheguei a acordo com a TAP sobre a minha saída da empresa e, com isso, deixei de exercer o Cargo de Diretor de Recursos Humanos do Grupo TAP", pode ler-se numa publicação de Pedro Ramos no LinkedIn.
A notícia tinha sido avançada na semana passada pelo Expresso, e a publicação da mensagem de Pedro Ramos foi hoje avançada pelo Público.
A Lusa tentou confirmar junto da TAP a saída de Pedro Ramos e em que moldes se processou, mas até agora não obteve resposta.
"A gestão da TAP demonstrou que não precisa mais do meu envolvimento enquanto Gestor das (suas) pessoas, e eu assumo publicamente que deixei de escolher a atual TAP para poder empreender e fazer crescer e concretizar o meu propósito", pode ler-se na mensagem de Pedro Ramos, publicada na terça-feira.
O antigo gestor de recursos humanos classificou ainda a sua saída da companhia aérea como "um 'divórcio' por mútuo consentimento e acordo e onde cada parte pode e deve ESCOLHER o seu caminho".
Pedro Ramos foi suspenso de funções, na sequência do inquérito instaurado devido a um vídeo publicado nas redes sociais, onde refere um recrutamento de pessoal em Madrid, anunciou a TAP no dia 16 de junho.
Em causa está um vídeo publicado na página do Facebook de João Falcato, trabalhador da TAP com responsabilidades na área dos Recursos Humanos da Manutenção & Engenharia da TAP, no qual surge acompanhado por Pedro Ramos, afirmando que se encontram em Madrid, Espanha, a recrutar pessoas para a TAP Madrid, para o departamento de carga.
Sobre o vídeo, na mensagem em que anuncia a sua saída da TAP, Pedro Ramos considera que foi "fortemente aproveitado pelas redes sociais" e "veio, de repente, pôr em causa os mais de 25 anos" nos recursos humanos da empresa.
Para Pedro Ramos, o registo "não foi mais do que um vídeo privado, gravado num contexto informal e, apenas, destinado a um grupo muito restrito de pessoas".
"De repente, o conteúdo inócuo, inofensivo, sem qualquer intenção de denegrir, 'gozar', ou até revelar algum tipo de informação que não fosse já conhecida (evidentemente, no seu contexto próprio), foi utilizado de forma descontextualizada pondo-me em evidência", considerou.
O antigo responsável da TAP escreveu ainda que o vídeo foi alvo de uma "utilização inadequada, descontextualizada, desvirtuada e completamente desproporcional" que transformou "um 'não tema' num assunto de impacto colossal".
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