“Fica assim provada a ausência de responsabilidade de deputados, assessores e técnicos que fazem parte desta comissão de inquérito”, adiantou António Lacerda Sales.

Estas informações foram divulgadas aos jornalistas no parlamento por António Lacerda Sales, numa declaração sem direito a perguntas, sobre as “conclusões do processo de inquérito ordenado pelo senhor presidente da Assembleia da República relativo às fugas de informação” no inquérito parlamentar à TAP.

Lacerda Sales adiantou que se confirmou “a divulgação à comunicação social de documentos entregues à CPI, uns classificados, outros não” e que “não ficou provado que a divulgação tenha ocorrido após a sua entrada na Assembleia da República, nem tão pouco que tenha sido feita por pessoas com acesso aos documentos no quadro do funcionamento da CPI”.

“Terceiro, pelo contrário, ficou provado que a sua reprodução, depois de terem dado entrada na sala de segurança é quase impossível, salientando-se, por outro lado, que os documentos tiveram um longo ciclo de vida prévio à sua classificação que ocorreu apenas imediatamente antes do seu envio à Assembleia da República”, salientou.

O presidente da comissão parlamentar de inquérito agradeceu ainda “o inquérito rigoroso” feito pela socialista Alexandra Leitão, presidente da comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, “que, desta forma, contribuiu para a salvaguarda do prestígio deste órgão de soberania”.

O relatório sobre as fugas de informação de documentos da comissão parlamentar de inquérito à TAP foi entregue na terça-feira ao Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, confirmou à Lusa fonte do seu gabinete.

A investigação interna foi solicitada pelo presidente da Assembleia, na sequência de dois pedidos - do anterior presidente da CPI, Seguro Sanches, e do atual, Lacerda Sales - dando conta da divulgação pública de conteúdos, documentos e elementos que se encontravam no arquivo documental da CPI e sujeitos a sigilo.

(Notícia atualizada às 13h10)