Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) esclarece que os pré-avisos emitidos para as sextas-feiras de junho tinham como objetivo “permitir aos profissionais poderem deslocar-se à Assembleia da República no dia da votação final, quando ela for agendada”, desconvocando “os dias que não sirvam esse objetivo”.

“São 9.000 profissionais que aguardam que o parlamento aprove alterações e resolva o problema das desigualdades na carreira”, refere o STSS, sublinhando que, apesar do adiamento da votação da Assembleia da República [na semana passada], os técnicos superiores de diagnóstico “acreditam na resolução de uma reivindicação que já é antiga”.

“O que alguns partidos estão dispostos a discutir são os problemas de discriminação e desigualdade criadas na carreira destes profissionais, em que 97% ficam colocados na categoria de base, apagando todos os anos de serviço de muitos destes profissionais, ficando 75% na primeira posição remuneratória, tenham 1, 10, 15, 20 ou mais anos de exercício”, explica o sindicato, garantindo que, no dia da votação, os técnicos de diagnóstico estarão na AR.

No passado dia 05 de junho, foi adiada a discussão, em sede de comissão parlamentar, do diploma sobre a regulamentação da carreira destes profissionais.

O STSS diz que os técnicos de diagnóstico são “discriminados pelo Estado em relação a todos os trabalhadores da Administração Pública com o mesmo grau de exigência habilitacional e profissional, especialmente em relação a outros profissionais de saúde”.

Alerta que a revisão das carreiras destes profissionais nada tem a ver com a das restantes carreiras da administração pública, explicando que, no caso dos técnicos de diagnóstico, a carreira “não teve qualquer processo efetivo de revisão em 20 anos”.

“Pelo menos há 10 anos e até à presente data, os TSDT foram prejudicados em centenas de milhões de euros. Valor este que o Estado poupou, mantendo e perpetuando desigualdades salariais dos TSDT, em relação a todos os trabalhadores da Administração Pública com o mesmo grau de exigência habilitacional e profissional, especialmente face a outros profissionais de saúde” afirma o presidente do STSS, Luís Dupont, citado no comunicado.

O sindicato diz ainda que o mais importante desta discussão “não pode ser o impacto orçamental, mas o reconhecimento por parte do Estado, e dos responsáveis políticos, que se está a promover a implementação de alterações que pretendem única e exclusivamente minorar as desigualdades que existem há décadas”.

“Aquilo que sempre reivindicamos ao longo dos anos, e de sucessivos Governos, foi uma carreira digna, justa e com igualdade de tratamento que se impõe para os TSDT, que lhes é devida há mais de 20 anos”, conclui a estrutura sindical.

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