Um dos ataques teve como alvo um depósito do Hezbollah e o outro um edifício que abriga uma instituição civil pertencente ao grupo islâmico pró-iraniano nos arredores da cidade de Baalbeck, conhecida como o seu templo romano, disseram duas fontes de segurança citadas pela agência de notícias francesa AFP.
Ambas as fontes adiantaram que dois membros do Hezbollah foram mortos.
O exército israelita limitou-se a indicar, num comunicado de imprensa, que estava “atualmente a realizar ataques contra objetivos terroristas do Hezbollah nas profundezas do Líbano”.
Os ataques aconteceram na sequência do anúncio feito hoje pelo Hezbollah de que abateu um drone israelita sobre o sul do Líbano.
A região de Baalbeck, na planície leste de Bekaa, na fronteira com a Síria, é um reduto do Hezbollah que ali tem uma presença militar significativa.
Os ataques de hoje são os primeiros contra o Hezbollah fora da região sul do Líbano, palco de violência diária entre a formação xiita e o exército israelita desde o início da guerra em Gaza.
Em 2 de janeiro, um ataque israelita teve como alvo um alto responsável do movimento islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah, nos subúrbios de Beirute. Saleh al-Arouri e seis outros membros do Hamas foram mortos.
Desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, o Hezbollah tem atacado diariamente posições militares israelitas, em apoio ao seu aliado palestiniano, e Israel tem levado a cabo ataques contra o Líbano.
Hoje, a organização libanesa anunciou que a sua “unidade de defesa antiaérea” tinha “abatido um grande drone israelita do tipo Hermes 450 utilizando um míssil terra-ar”, especificando que o incidente aconteceu na região de Iqlim al-Touffah, um reduto do Hezbollah a cerca de 20 quilómetros da fronteira com Israel.
Os militares israelitas confirmaram que um dos drones que operavam no Líbano foi abatido.
Pelo menos 280 pessoas, a maioria combatentes do Hezbollah, bem como militantes de outros grupos aliados, e 44 civis, foram mortas em mais de quatro meses de conflito, segundo uma contagem avançada pela AFP.
Do lado israelita, 10 soldados e seis civis foram mortos, segundo o exército.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, alertou no domingo que uma possível trégua nos combates com o Hamas na Faixa de Gaza não prejudicaria “o objetivo” de Israel de expulsar o Hezbollah da sua fronteira norte.
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