O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, indicou, em comunicado hoje divulgado, que homens com mais de 55 anos, mulheres com mais de 50 e crianças até 10 anos poderão entrar na área às sextas-feiras para rezar na mesquita de al-Aqsa.

Estes palestinianos deverão ter uma licença da COGAT válida, mas que poderá ser revista pelas forças de segurança.

Além disso, as autoridades reservam-se a possibilidade de introduzir modificações à medida que o mês avança, segundo avançou o jornal The Times of Israel.

Embora as autoridades não tenham adiantado pormenores sobre a viabilidade de os palestinianos da Cisjordânia poderem visitar Jerusalém de domingo a quinta-feira durante o Ramadão, confirmaram que os habitantes de Gaza não poderão aceder à área devido à guerra na Faixa.

Na semana passada, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que não haveria restrições ao número de muçulmanos que poderiam aceder à área para rezar durante o Ramadão.

Além disso, o Governo garantiu que não aplicaria restrições especiais aos árabes israelitas no contexto de um aumento da violência no quadro do conflito israelo-palestiniano.

Alguns países da região protestaram contra a imposição de restrições deste tipo na área, incluindo a Jordânia, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, exigiu que todas as medidas impostas fossem levantadas para facilitar a oração.

Na noite de domingo, as forças de segurança israelitas impediram que centenas de fiéis muçulmanos entrassem na mesquita de al-Aqsa para as suas primeiras orações após o início do Ramadão.

Israel também instalou arame farpado à volta do complexo, perto do Portão dos Leões, segundo a administração palestiniana de Jerusalém.

O Ramadão é o mês sagrado do jejum e da oração na tradição muçulmana, marcado pelo jejum desde o nascer ao pôr-do-sol e cumprido por cerca de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo.