A última vez que a Deutsche Bahn tomou uma decisão destas foi em 2007, quando uma outra tempestade, designada Kyrill, se abateu sobre o país.
Depois de ter paralisado o tráfico ferroviário na parte ocidental da primeira economia europeia, a tempestade dirigiu-se para o leste, com ventos superiores a 130 quilómetros por hora, especificaram os serviços meteorológicos.
O texto de uma escola, onde ainda estavam crianças, foi arrancado por uma rajada de vento, no Estado da Turíngia, no leste do país, mas não provocou feridos.
No maciço montanhoso do Harz, no centro da Alemanha, as rajadas atingiram os 203 quilómetros por hora, o que nunca se tinha visto no país.
Antes, esta tempestade, proveniente do Mar do Norte, provocara numerosas perturbações nos Países Baixos, onde só hoje à noite alguns comboios retomaram o serviço, e na Bélgica.
A circulação dos comboios de alta velocidade Thalys, que liga França, Bélgica, Países Baixos e Alemanha, foi interrompida na parte seguinte a Bruxelas.
A tempestade também impediu os aviões de levantarem voo no aeroporto Amesterdão-Schiphol, durante a manhã. No total foram anulados 2330 voos. Vários voos também foram anulados nos aeroportos alemães de Dusseldorf, no oeste, e Munique, no sul.
Na Alemanha, morreram seis pessoas, entre as quais dois bombeiros, em acidentes provocados pelo mau tempo.
Um homem de 59 anos foi morto pela queda de uma árvore em Emmerich-Elten, no Estado da Renânia do Norte – Vestefália e um condutor de um veículo pesado morreu em resultado de um acidente rodoviário, informou a polícia estadual.
Neste mesmo Estado, um bombeiro morreu durante uma intervenção e um outro também faleceu na Turíngia.
Em Brandeburgo, perto de Cottbus, 120 quilómetros a sul de Berlim, um condutor de um camião, surpreendido por uma rajada, morreu na estrada e uma automobilista, de 61 anos, faleceu depois de ter perdido o controlo do veículo e embater num veículo pesado, no Estado de Mecklembourg – Pomerânia, no leste.
Nos Países Baixos, dois homens de 62 anos cada um, foram mortos por quedas de árvores, em Zwolle, no nordeste, e Enschede, no leste. Uma automobilista na Bélgica morreu por uma árvore ter caído em cima da sua viatura, na zona sul de Bruxelas.
A circulação rodoviária também esteve perturbada, em particular nos Países Baixos, onde 66 camiões foram virados pelas rajadas de vento – um recorde desde 1990 -, provocando engarrafamentos monstros, segundo a agência da circulação rodoviária.
Na Alemanha, as provas de qualificação contando para o campeonato do mundo de salto de esqui, em Oberstdorf, no sul, tiveram de ser anuladas.
Numerosos passageiros bloqueados nas gares alemãs “vão receber títulos para o hotel ou podem passar a noite nos comboios”, adiantou um porta-voz da Deutsche Bahn, Achim Strauss.
“Temos de proteger os nossos viajantes e o nosso pessoal”, acrescentou, na cadeia de informação NTV, sem conseguir prever quando é que o serviço regressa à normalidade.
Em França, a tempestade também fez estragos, com cerca de três mil clientes privados de eletricidade no norte do país, onde o alerta para ventos violentos foi levantado durante a manhã.
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