Em declarações à agência Lusa, o presidente daquele município do distrito de Coimbra, Emílio Torrão, apelou às companhias de seguros para que "sejam mais céleres e acelerem o procedimento, porque [as pessoas e empresas afetadas] estão dependentes da peritagem dos seguros para fazerem as obras que têm a fazer".

Segundo o autarca, a vida de Montemor-o-Velho "está a regressar à normalidade", com todas as vias desobstruídas, reposição completa da distribuição de água e de energia elétrica (que ainda regista "pequenas falhas"), mas ainda se notam alguns dos efeitos da passagem da tempestade.

"Ainda há árvores sobre casas de pessoas e estou muito preocupado com o anúncio de mau tempo para este fim de semana. Mesmo que sejam rajadas menores, há situações precárias que vão estar mais expostas ao risco", alertou Emílio Torrão.

O presidente da Câmara vincou que "as pessoas têm que estar atentas" a potenciais riscos, nomeadamente árvores em risco de queda ou estruturas que tenham ficado fragilizadas com a tempestade.

Emílio Torrão referiu ainda que a situação no setor agrícola (atividade muito importante neste concelho do Baixo Mondego) continua crítica.

"Os secadores ainda estão inoperantes. A situação ainda é muito grave, porque os agricultores não podem levantar as colheitas sem depois começarem a secar, se não o arroz estraga-se", vincou.

A tempestade Leslie provocou 28 feridos ligeiros, 61 desalojados e quase 1.900 ocorrências comunicadas à Proteção Civil, de acordo com o balanço desta autoridade.

Dos 61 desalojados, 57 são do distrito de Coimbra.