Até ao momento foram contabilizados estragos no valor de 4,845 milhões de euros, mas falta avaliar cerca de 200 habitações, que deverão fazer subir este montante "em aproximadamente um milhão de euros". A grande fatia das perdas, 3,569 milhões de euros, registou-se em empresas, sobretudo em unidades agrícolas, como estufas, afectando entre 17 e 20 hectares de produção.
Várias infra-estruturas sociais (IPSS) e públicas sofreram danos, avaliados no total em 819 mil euros, e os prejuízos em 40 habitações permanentes atingem mais de 456 mil euros, sendo que três famílias (quatro pessoas) ficaram desalojadas e estão agora instaladas em casa de familiares.
Diogo Mateus explica que o levantamento foi feito através de formulários disponibilizados pelo município à população e por técnicos que procuraram responder às questões mais urgentes, além de contar com a colaboração das juntas de freguesia, que estão a fazer uma triagem mais exaustiva de todas as necessidades.
O presidente da câmara de Pombal já deu conhecimento ao gabinete do Ministro da Administração Interna do nível de destruição que afecta o concelho, alertando "em especial para o problema da rede de comunicações e de energia eléctrica e para a necessidade de uma coordenação nacional" para resolver a situação. É que nesta altura ainda há muitas zonas sem telefones, apesar de a energia estar a ser reposta progressivamente.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, no sábado e domingo, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados, originando mais de 2.000 ocorrências comunicadas à Proteção Civil. Dos 61 desalojados, 57 são do distrito de Coimbra. A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os cerca de 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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