Para Theresa May, “a linguagem que foi usada para falar sobre as mulheres é totalmente inaceitável”, disse o porta-voz da líder dos Conservadores, geralmente muito moderada nas suas críticas ao Presidente dos EUA.
“Porque é que não voltam [para os seus países] e vão ajudar os sítios completamente estragados e infestados de crime de onde vieram?”, questionou Trump numa mensagem publicada no domingo na rede social Twitter.
Apesar de não ter dito os nomes das mulheres em causa, as mensagens referiam-se muito provavelmente - devido às críticas por parte de quem é frequentemente alvo -, a Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova Iorque, Ilhan Omar, do Minnesota, Ayanna Pressley, de Massachusetts, e Rashida Tlaib, do Michigan. Apenas Omar, da Somália, nasceu fora dos Estados Unidos.
“É tão interessante ver congressistas democratas ‘progressistas’, que vieram originalmente de países cujos governos são uma catástrofe total e completa, o pior [que existe], os mais corruptos e inaptos do mundo (se é que têm sequer governos a funcionar), a dizer agora, em voz alta e agressivamente, ao povo dos Estados Unidos, a maior e mais poderosa nação do mundo, como é que o nosso governo deve ser administrado”, escreveu Trump no Twitter.
As críticas de Theresa May surgem uma semana depois da “tempestade diplomática” entre os dois países, desencadeada pela publicação na imprensa de mensagens diplomáticas confidenciais com comentários do embaixador britânico em Washington a criticar Donald Trump.
O embaixador classificou a administração de Trump como “inapta”, tendo o Presidente norte-americano resolvido cortar contacto com “aquele tolo pretensioso”.
Na altura, o Presidente dos EUA também reiterou os ataques a Theresa May e à sua gestão do ‘Brexit’.
“Eu disse a Theresa May como fazer um acordo, mas ela fê-lo à sua maneira ridícula e foi incapaz de o fazer acontecer”, disse.
O embaixador anunciou a sua saída na quarta-feira, sublinhando ter-se tornado “impossível” fazer o seu trabalho.
Theresa May, que renunciou ao cargo no início de junho, vai entregar a direção do Governo britânico, por inerência, ao candidato que vencer a corrida à liderança do Partido Conservador, cujo nome será conhecido em 23 de julho.
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