De acordo com a imprensa britânica, que cita uma fonte governamental, Theresa May que participa hoje na cimeira da Aliança Atlântica, em Bruxelas, pretende questionar Donald Trump sobre a divulgação de informações relativas às investigações sobre o atentado que fez 22 mortos e 64 feridos, na segunda-feira à noite em Manchester.
Na quarta-feira, o jornal norte-americano New York Times publicou imagens que mostravam estilhaços dos explosivos utilizados no ataque assim como elementos cruciais relacionados com a investigação como a identidade do autor do atentado.
As informações publicadas nos Estados Unidos tiveram como fonte a Administração norte-americana.
O jornal Guardian, do Reino Unido, cita hoje uma “fonte do governo de Londres” que refere que “as imagens procedentes do sistema norte-americano são claramente perturbadoras para as vítimas, para os familiares e para os cidadãos”.
“Já foram enviadas queixas aos nossos parceiros dos Estados Unidos”, indica a mesma fonte que considerou “inaceitável” o comportamento por parte de Washington.
A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, disse na quarta-feira que enviou uma queixa ao Executivo norte-americano pela difusão de informações sobre o atentado de Manchester antes das autoridades britânicas terem comunicado oficialmente os dados sobre as investigações.
Fontes da Administração dos Estados Unidos adiantaram-se às autoridades britânicas ao revelarem aos meios de comunicação social dos Estados Unidos que o ataque de Manchester foi um “atentado terrorista” e que o autor foi Salman Abedi, um britânico de origem líbia.
Do mesmo modo, a polícia antiterrorista britânica lamentou a “divulgação não autorizada” de informações nomeadamente por parte dos Estados Unidos.
“Nós valorizamos em grande medida as relações que mantemos com os nossos parceiros dos serviços de informações e com as forças de segurança, a nível mundial, com quem partilhamos informações sensíveis. Mas, quando a confiança é quebrada as relações ficam comprometidas”, disse um porta-voz do organismo britânico.
Até ao momento a polícia do Reino Unido fez oito detenções relacionadas com o atentado.
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