"À luz dos eventos recentes, decidimos suspender a aplicação TikTok em Hong Kong", disse um porta-voz do grupo chinês de tecnologia ByteDance, citado pela agência noticiosa France-Presse.
A suspensão completa deverá ser feita dentro de alguns dias, segundo o grupo que detém o TikTok.
Facebook, Google e Twitter confirmaram na segunda-feira que não vão responder aos pedidos de informações sobre os seus utilizadores por parte do Governo e autoridades de Hong Kong, por respeito à liberdade de expressão.
As quatro plataformas globais disseram que as suas equipas estão a analisar a controversa nova lei.
Hong Kong, antiga colónia britânica que regressou à China, em 1997, com a condição de que certas liberdades fossem mantidas, tem acesso ilimitado à Internet, ao contrário da China continental, onde redes sociais e vários órgãos de comunicações estrangeiros estão bloqueados.
A China aprovou a lei de segurança nacional de Hong Kong, na semana passada, visando punir "atos de secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras para pôr em risco a segurança nacional".
O documento surgiu após repetidas advertências do poder comunista chinês contra a dissidência em Hong Kong, abalada em 2019 por sete meses de manifestações em defesa de reformas democráticas e quase sempre marcadas por confrontos com a polícia, que levaram à detenção de mais de nove mil pessoas.
O TikTok tinha 800 milhões de utilizadores, em janeiro, em todo o mundo.
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