“A reunião [hoje no Ministério do Planeamento e Infraestruturas] terminou sem acordo. O que nos foi apresentado não era suficiente para um acordo”, disse José Manuel Oliveira à Lusa.
Os trabalhadores da IP reivindicam aumentos salariais, congelados desde 2009, o desbloqueio das negociações e acusam ainda empresa de ter efetuado cortes salariais nos últimos anos.
Apesar de não adiantar valores, José Manuel Oliveira notou ainda que a proposta do Governo “ficou aquém” do esperado, sendo que os sindicatos já haviam reclamado aumentos salariais de 4%, com margem para negociação.
O tribunal arbitral decidiu hoje que a greve de 24 horas dos trabalhadores da IP, marcada para segunda-feira, não terá serviços mínimos para os comboios de passageiros, por ser um dia de paralisação e haver transportes alternativos.
Na ponderação dos argumentos, concluiu-se que “não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas”.
Já hoje cerca de duas dezenas de representantes sindicais dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) manifestaram-se junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, para exigir a valorização dos salários e o desbloqueio das negociações.
“Nós trouxemos aqui à residência do primeiro-ministro esta delegação de representantes dos trabalhadores desta empresa para que haja uma intervenção por parte do Governo para que seja desbloqueada a intransigência por parte da administração da IP”, disse aos jornalistas o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), Abílio Carvalho.
“Aquilo que os trabalhadores reivindicam não é nada mais do que é praticado noutras empresas, nomeadamente no setor ferroviário temos o exemplo da CP e aquilo que estamos a solicitar é que haja um aumento intercalar dos salários dos trabalhadores”, acrescentou.
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