O sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e telecomunicações (SNTCT) e Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), que convocaram a greve, acusam a administração da empresa de estar a destruir os CTT e prometeram lutar contra a deterioração do serviço postal, pelo aumento dos postos de trabalho, "fundamental para prestar um serviço de qualidade", pelo aumento dos salários e pela manutenção dos direitos.
Além dos “salários justos e dignos” e da “admissão de trabalhadores efetivos”, a paralisação tem também como objetivo reclamar a “alteração do modelo organizacional em todos os setores da empresa”.
A Fectrans reivindica ainda um “serviço postal com qualidade, assegurado pelo estado português” e, por isso, a renacionalização urgente dos CTT.
Na terça-feira, o presidente executivo dos CTT, João Bento, considerou que a greve convocada nos Correios de Portugal tem "uma motivação exclusivamente política" e não terá "perturbações de natureza alguma" para os portugueses.
Esta greve "foi convocada vinda do nada, imediatamente a seguir a saber-se qual era o processo político em que iríamos entrar neste final do ano, princípio" de 2022, disse o gestor à Lusa à margem da sexta edição deste ano do CTT 'e-Commerce Day' [dia do comércio eletrónico], que decorreu no auditório do Polo Tecnológico de Lisboa (Lispolis).
"Portanto, tem uma motivação exclusivamente política e está, na nossa opinião - os sinais que recebemos são nesse sentido - condenada a ter o mesmo sucesso que teve na última greve geral dos CTT, que foi um nível de adesão de 8%", salientou o presidente executivo dos Correios de Portugal.
Os trabalhadores dos CTT fizeram uma greve há um ano em defesa de aumentos salariais e do reforço do pessoal para o serviço postal, distribuição e chefes de estação.
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