Na sequência de um plenário, realizado hoje à tarde, em frente à central de tratamento de resíduos urbanos de Trajouce, no concelho de Cascais, os trabalhadores delegaram no sindicato e na comissão sindical “a definição de formas de luta caso se mantenha o impasse nas negociações”, disse à Lusa Manuel Lopes.

O dirigente regional do STAL - Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local explicou que a administração da empresa apresentou uma contraproposta para o acordo de empresa, que devia ser assinado apenas “em 2020/2021”, possa ser antecipado e “assinado no primeiro semestre de 2019”.

“Há um conjunto de questões, como a aplicação do horário de trabalho de 35 horas a todos os trabalhadores, equiparando ao pessoal das autarquias”, que também vão ser objeto de negociação, adiantou Manuel Lopes.

O sindicalista explicou que, no universo de cerca de 270 trabalhadores, 10% laboram 37,5 horas por semana e 80% ainda estão no regime de 40 horas, mas a uniformização das horas de trabalho vai ser negociada durante o primeiro trimestre de 2019, para uma equiparação aos funcionários das autarquias que detêm a empresa.

“Estes trabalhadores há 10 anos que não são aumentados. Não são privados, nem são públicos, porque a Tratolixo é uma empresa intermunicipal de direito privado”, salientou Manuel Lopes, advogando que as negociações de aumentos salariais tenham por base um mínimo de 650 euros para os salários mais baixos.

No plenário, que contou com a participação de cerca de 120 trabalhadores, incluindo do ecoparque da Abrunheira (Mafra), esteve também presente Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.

A Tratolixo, detida em 100% pela AMTRES - Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Sólidos, é responsável pelo tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 800 mil habitantes, que a par da reciclagem são também encaminhados para valorização com a produção de composto e energia elétrica.