Os felinos Leo, Renas e Amani nasceram há dois anos no Centro de Resgate de Animais do Sudão, uma reserva a sul da capital do país, Cartum, informou Moataz Kamal, um dos seus representantes.

Classificados como espécie "vulnerável", segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), os leões foram vendidos recentemente e transferidos para um estabelecimento privado pertencente à poderosa força paramilitar das Forças de Apoio Rápido (FSR) e localizado em Umdurman, subúrbio a noroeste de Cartum, disse ele.

Inicialmente, as equipas do centro de resgate tentaram mobilizar-se para implementar "um plano para capturar os leões e injetar sedativos sem magoá-los", afirmou o centro em comunicado.

Mais tarde, foram avisadas de que não havia sentido em ir ao local, já que os leões "já tinham sido abatidos", acrescentou.

O Centro de Resgate de Animais do Sudão foi inaugurado em 2021, após uma campanha online para salvar leões doentes e desnutridos num jardim zoológico em ruínas de Cartum. Desde então, os voluntários têm enfrentado o desafio de fazer funcionar esta reserva que abriga 18 leões, segundo Kamal.

A população de leões em África diminuiu 43% entre 1993 e 2014, com pouco mais de 20 mil restantes na natureza, segundo estimativas.