O ministério disse que o rapaz foi atingido no peito, um homem de 24 anos atingido nas costas, e um outro homem, 28 anos, sucumbiu aos ferimentos no hospital.
Acrescentou que 126 manifestantes foram feridos por disparos com balas reais.
Ao responderem a um apelo do Hamas, o grupo islâmico militante no poder em Gaza, milhares de palestinianos concentraram-se em cinco locais ao longo da “barreira de segurança”, queimaram pneus e lançaram pedras e entoaram palavras de ordem contra o sufocante bloqueio israelo-egípcio do território.
Porta-vozes militares israelitas referiram 20.000 manifestantes se concentraram hoje junto à fronteira comum, e lançaram artefactos explosivos e pedras em direção às tropas, que responderam com granadas de gás lacrimogéneo e balas reais para dispersar a multidão.
A Força Aérea do Estado judaico também efetuou dois ataques aéreos em reposta a um alegado disparo de explosivos, e apesar de ter sido atingido um local próximo de um posto identificado da Associated Press (AP) não se registaram feridos, indicou a agência.
O Hamas, que tomou o poder em Gaza em 2007 após ter derrotado a Autoridade palestiniana nas legislativas do ano anterior, luta pelo fim do bloqueio que arrasou a economia local e colocou a taxa de desemprego acima dos 50%, com pesados custos para os dois milhões de habitantes palestinianos deste enclave.
O Hamas iniciou os protestos em março e com uma frequência semanal, mas que se intensificaram recentemente após o falhanço das negociações sobre um acordo cessar-fogo mediadas pelo Egito e destinadas a suavizar o bloqueio total.
Desde o início dos protestos em março, já foram mortos pelas forças israelitas 148 palestinianos, incluindo 33 jovens com menos de 18 anos. Em agosto, um atirador furtivo (‘sniper’) de Gaza matou um soldado israelita, e a resposta de Estado judaico fez recear o início de uma nova guerra em larga escala.
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