"O tribunal de segunda instância da Hungria rejeitou o recurso do MP húngaro para prisão efetiva e manteve Rui Pinto em prisão domiciliária", disse a mesma fonte, acrescentando que o português continua a aguardar o desenrolar do processo de extradição, ao qual já se opôs.
Rui Pinto está em prisão domiciliária em Budapeste desde 18 de janeiro, depois de ter sido detido dois dias antes, na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelas autoridades portuguesas, por "tentativa de extorsão, acesso ilegítimo e exfiltração de dados de algumas instituições, inclusive do próprio Estado”.
No dia da detenção, 16 de janeiro, sem nunca confirmar o nome do suspeito, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um cidadão português, em Budapeste, numa ação em cooperação com a congénere húngara.
O diretor da Unidade de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, Carlos Cabreiro, disse ser “prematuro” associar o suspeito a crimes cometidos contra algumas instituições desportivas, como o Benfica, FC Porto, Sporting ou a Doyen.
Em comunicado posterior, os advogados de Rui Pinto assinalam que o seu cliente “tornou-se um importante denunciante europeu no âmbito dos chamados 'Football Leaks'”, acrescentando que “muitas revelações feitas ao abrigo destas partilhas de informação estiveram na origem da publicação, durante vários anos, de notícias que deram lugar à abertura de muitas investigações em França e noutros países europeus”.
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