O regime de Bashar al-Assad e o seu aliado russo intensificaram desde o final de abril os bombardeamentos contra a província de Idlib e os territórios rebeldes adjacentes, como o norte da província de Hama, controlados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antigo ramo sírio da Al-Qaida) e por outros grupos extremistas.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), entre domingo e hoje, combates opondo o regime aos ‘jihadistas’ ocorreram numa zona do nordeste da província de Latákia, ao lado de Idlib, matando pelo menos 19 extremistas e 16 combatentes pró-regime.
A escalada das últimas semanas é a mais violenta desde que Moscovo, que ajuda o regime, e Ancara, apoio de alguns grupos rebeldes, anunciaram em setembro de 2018 um acordo sobre uma “zona desmilitarizada” em Idlib, que devia separar os territórios dos insurgentes das zonas governamentais e garantir uma paragem das hostilidades na região.
As tropas sírias capturaram hoje cinco aldeias e uma colina na periferia de Idlib, o último maior bastião rebelde na Síria, enquanto o líder do HTS pediu a todos os que possam que “cumpram o seu dever religioso” de se juntarem à luta.
Abu Mohammed al-Golani disse ainda que os ‘jihadistas têm o direito de atacar uma base russa na Síria porque “mais de 90% dos ataques aéreos russos visam mulheres e crianças”.
Entre o final de abril e 9 de maio, os bombardeamentos no sul da província de Idlib e norte da de Hama obrigaram à fuga de cerca de 180.000 pessoas. Segundo a ONU, estes deslocados refugiaram-se em zonas mais a norte.
A OSDH afirma que pelo menos 119 civis morreram devido aos confrontos desde o fim de abril.
A Síria tem sido devastada por um guerra desde meados de 2011 que já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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