Cinquenta e oito outras pessoas ficaram feridas quando três carros-bomba explodiram em Beledweyne, uma cidade no centro das recentes ofensivas contra o Al-Shebab, que controla partes da Somália.
“Confirmamos que trinta pessoas morreram no recente ataque”, disse Ali Jeyte Osman, governador da região de Hiraan, da qual Beledweyne é a capital.
Um relatório anterior dava conta de pelo menos nove mortos.
O ataque, que teve como alvo um prédio do governo, foi reivindicado pelo Al-Shebab, grupo ligado à Al-Qaeda e que combate o governo somali há 15 anos.
O recém-eleito presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, já condenou o ataque.
Em setembro passado, o responsável pediu aos somalis que ficassem longe das áreas controladas pelo Al-Shebab enquanto as forças do governo apoiadas por milícias de clãs locais lançam ofensivas em Hiraan.
Mas, Osman, governador de Hiraan, disse que a negligência desempenhou um papel no ataque devastador em Beledweyne, uma cidade a cerca de 300 quilómetros de Mogadíscio, e pediu que a polícia e os serviços de inteligência sejam responsabilizados.
“Deve haver alguém que assuma a responsabilidade. As três pessoas que realizaram os ataques foram para a cidade por uma ponte”, disse, lembrando que até agora ninguém foi preso por esse crime e apelando ao governo somali para que investigue “os dois comandantes da polícia e das agências de inteligência nesta região”.
Na segunda-feira, os Estados Unidos confirmaram ter realizado um ataque aéreo em 01 de outubro, no qual um líder do Al-Shebab foi morto.
Poucas horas antes, o governo havia anunciado a morte do número três do grupo.
O Al-Shebab, um grupo ligado à rede Al-Qaida desde 2012, muitas vezes perpetra ataques terroristas na capital somali, Mogadíscio, e noutras partes da Somália para derrubar o Governo central – apoiado pela comunidade internacional – e estabelecer pela força um Estado Islâmico Wahhabi (ultraconservador).
A Somália vive em estado de guerra e no caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos.
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