“Grupos de sabotagem e de reconhecimento russos entraram na parte sul de Avdiivka mas foram repelidos”, declarou Vitaly Barabach, descrevendo a situação como “difícil, mas sob controlo”.
“Atualmente já não estão [no terreno], o Exército ucraniano desalojou-os e retomou as suas posições”, garantiu o responsável, advertindo, porém, que “o inimigo continua a atacar”.
Nas mesmas declarações à agência noticiosa francesa, Vitaly Barabach confirmou tratar-se da primeira incursão das forças russas nesta cidade industrial da região de Donetsk, mas sem indicar quando ocorreu e durante quanto tempo se prolongou.
As forças russas tentam há meses cercar Avdiivka, onde os soldados ucranianos estão entrincheirados em posições fortificadas.
Esta região é um dos epicentros dos combates desde o fracasso da contraofensiva ucraniana do passado verão.
Em julho de 2014 a cidade foi brevemente controlada pelas forças separatistas russófonas locais, apoiadas por Moscovo, antes de regressar ao controlo ucraniano. Em grande parte destruída, Avdiivka tornou-se num símbolo da resistência ucraniana.
Cerca de 1.078 civis ainda permanecem na cidade apesar dos incessantes bombardeamentos, segundo o presidente da câmara local.
Desde o outono, e na sequência da fracassada contraofensiva ucraniana, o Exército de Moscovo retomou a iniciativa, em particular na frente leste.
Na semana passada, a Rússia reivindicou a conquista de duas localidades nas regiões de Donetsk e Kharkiv.
Em paralelo, Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente de intensificar os ataques contra zonas civis.
Na terça-feira, novos ataques foram dirigidos contra diversas cidades ucranianas, com um balanço de 20 mortos e dezenas de feridos, segundo as autoridades.
Só em Kharkiv, os bombardeamentos mataram 10 pessoas e feriram outras 70, indicou hoje o governador regional, Oleg Synegoubov, que classificou o ataque contra a cidade como um “dos mais maciços” desde o início do conflito.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
Comentários