“Estou a fazer o meu melhor para ignorar os muitos obstáculos e declarações inflamatórias do Presidente [Barack Obama]. Pensei que a transição seria suave. Mas não!”, escreveu o Presidente eleito na sua conta na rede social Twitter, sem especificar o género de obstáculos, nem as referidas declarações de Obama.
Dois dias depois das eleições, Trump e Obama encontraram-se na Sala Oval, o escritório presidencial na Casa Branca, e tentaram colocar de lado as divergências e os ataques dos longos meses de uma campanha eleitoral agressiva e amarga. Na mesma altura, os dois manifestaram o desejo de realizar uma transição pacífica.
Na passada segunda-feira, durante uma entrevista, Obama afirmou acreditar que seria reeleito para um terceiro mandato caso a Constituição norte-americana permitisse a sua candidatura.
O Presidente eleito utilizou igualmente a rede social Twitter para responder a Obama: “Nem pensar!”.
Também via Twitter, Trump manifestou mais uma vez o seu apoio a Israel, após o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter votado na sexta-feira passada uma resolução que exigia o fim “imediato” da política de colonatos israelita em Jerusalém-leste, bem como nos territórios ocupados da Cisjordânia.
Os Estados Unidos abstiveram-se na votação da resolução, posição que gerou controvérsia e a ira de Telavive, uma vez que Israel sempre contou com o apoio de Washington neste dossiê sensível. A posição norte-americana, que aconteceu pela primeira vez desde 1979, permitiu a adoção da resolução, aprovada pelos outros 14 membros do Conselho de Segurança.
“Não podemos continuar a deixar que Israel seja tratado com um total desprezo e com tal desrespeito”, escreveu o multimilionário.
“Estavam habituados a ter um grande amigo nos Estados Unidos, mas já não é o caso. O início do fim foi aquele acordo horrível com o Irão [sobre o programa nuclear iraniano] e agora (na ONU)! Mantenha-se forte Israel, o dia 20 de janeiro está próximo”, acrescentou Trump.
Donald Trump, vencedor das eleições do passado dia 8 de novembro, será empossado a 20 de janeiro de 2017, numa cerimónia pública junto ao edifício do Capitólio, em Washington.
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