A saída de Pruitt foi anunciada na rede social Twitter pelo presidente norte-americano. Em duas mensagens, Donald Trump diz ter “aceitado a demissão de Scott Pruitt de administrador da Agência de Proteção Ambiental”.

Trump elogia depois o “trabalho fantástico” de Pruitt, trabalho por que “[estará] sempre grato”, escreve o presidente norte-americano.

Andrew Wheeler, vice confirmado também pelo Senado, deverá assumir as funções de diretor interino da EPA, anuncia também Donald Trump, que diz não ter dúvidas de que “Andy vai continuar” com a “grande e duradoura agenda para a EPA” proposta pelo atual presidente dos Estados Unidos. “Fizemos progressos tremendos e o futuro da EPA é muito risonho”, conclui Trump.

Esta demissão foi o culminar de meses de especulação sobre o destino de Pruitt, que teve a missão de destruir o balanço ambiental do anterior presidente, Barack Obama. Trump, que o propôs para o cargo, não deu qualquer indicação sobre as razões da demissão, nem mencionou os vários inquéritos que se centram neste antigo procurador-geral do Estado do Oklahoma.

Desde a sua tomada de posse em fevereiro de 2017, Scott Pruitt parece ter-se aproveitado da sua função para melhorar o nível de vida e o da sua família, violando várias leis federais e punindo os subordinados que levantassem questões ou não se mostrassem suficientemente leais, na sua opinião, como foi divulgado pelos meios de comunicação social norte-americanos.

Tudo começou por despesas de viagens excessivas, em primeira classe ou em aviões fretados às custas do contribuinte, ao contrário do que consta nas regras governamentais.

Depois descobriu-se o número pletórico de guarda-costas que o acompanhavam, 24 horas sobre 24, mesmo no estrangeiro, por um custo que praticamente duplicou o dos seus antecessores.

Pruitt mandou também instalar uma cabina telefónica nos seus escritórios de Washington, por 43 mil dólares, uma soma que foi considerada excessiva.

O até agora responsável da EPA venceu a votação do senado com 52 votos a favor e 46 contra, tendo beneficiado ainda do voto dos senadores democratas Joe Manchin, de West Virginia, e Heidi Heitkamp, do Dakota do Norte, e conta com o voto contra da republicana, Susan Collins, do Maine.

Tanto West Virginia como o Dakota do Norte são dois Estados com uma forte dependência de mineração e do petróleo, refere a agência noticiosa Efe.

Com a ratificação de Pruitt, o procurador-geral de Oklahoma, os Estados Unidos preparavam-se para reverter as políticas agressivas de defesa do meio ambiente e contra as mudanças climáticas, conduzidas pelo presidente antecessor, Barack Obama.