As diretrizes — contidas num documento entregue aos governadores, que foi divulgado pelo canal de televisão CNN e pela rádio pública NPR, entre outros veículos de media — sugerem que o presidente terá uma abordagem cautelosa para relançar a economia, com um retorno gradual das pessoas aos espaços públicos, mas sem especificar datas.
"De acordo com os dados mais recentes, a nossa equipa de especialistas concorda que podemos iniciar uma nova frente nesta guerra, que chamaremos de "reabertura dos Estados Unidos", disse Trump.
Em conferência de imprensa na Casa Branca, Trump afirmou que manter as restrições "não é uma solução sustentável a longo prazo" e que a sua administração emitirá um guia para dar aos governadores poder de decisão, dependendo do número de casos.
"A nossa abordagem delineará três fases para restaurar a nossa vida económica. Não vamos reabrir de uma vez, mas num cuidadoso processo passo a passo, e alguns estados poderão abrir antes de outros", afirmou o presidente.
Considerando que manter o país fechado "não é uma solução sustentável", o presidente norte-americano fez um anúncio. "Vamos abrir o nosso país. Os americanos querem que aconteça", disse.
"Vamos recomeçar a nossa vida novamente, vamos rejuvenescer a economia novamente", afirmou Trump.
Desde meados de março, mais de 22 milhões de pessoas solicitaram o subsídio de desemprego e, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia americana vai recuar 5,9% em 2020.
Trump garantiu que os governadores e não a Casa Branca serão responsáveis por tomar a decisão.
"Se eles precisarem de permanecer fechados, permitiremos que o façam. Se acharem que é hora de reabrir, daremos a liberdade e a orientação necessárias", declarou.
Segundo o presidente, os estados menos densamente povoados, onde o coronavírus não é um problema, podem reabrir as suas economias "literalmente amanhã".
Relativamente ao número de mortes, Donald Trump referiu acreditar que os Estados Unidos vão ter números mais baixos do que aqueles apontados pelas previsões mais otimistas. Contudo, disse que a morte de uma pessoa apenas é já um número elevado.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 140 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (31.590) e mais casos de infeção confirmados (641 mil).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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