Tal autorização, cuja revogação foi anunciada pela porta-voz do executivo Sarah Sanders, dá aos altos responsáveis que dele beneficiam acesso a informações sensíveis e confidenciais, mesmo depois de terem cessado funções.

"Historicamente, os ex-chefes de inteligência e das agências que aplicam a lei foram autorizados a manter o acesso a informações confidenciais após o serviço governamental, para que pudessem consultar os seus sucessores", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, ao ler o comunicado do presidente.

"Neste ponto da minha administração, qualquer benefício que os altos funcionários recebam das consultas com Brennan é agora superado pelo risco que a sua conduta e comportamento erráticos representam", justificou Trump.

Antigo diretor da CIA em exercício entre 2013 e 2017, John Brennan, continua a ser uma voz respeitada na arena política norte-americana, não poupando críticas a Trump.

No mês passado, Brennan condenou o inquilino da Casa Branca, após o encontro deste, em Helsínquia, com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante o qual o multimilionário norte-americano adotou uma postura considerada demasiado conciliadora em relação ao dirigente do Kremlin.

Brennan classificou a "performance" de Donald Trump na capital finlandesa como "nada menos que um ato de traição".

"Não só as afirmações de Trump foram imbecis, como ele está totalmente nas mãos de Putin", escreveu o antigo diretor da CIA na sua conta da rede social Twitter.

John Brennan reafirmou igualmente, em diversas ocasiões, a realidade de uma ingerência russa nas eleições presidenciais de 2016, rejeitando as dúvidas avançadas por Trump sobre essa questão.