“Não vamos permitir um regresso à Grécia que se quebrou. O nosso dever é fazer um novo desenho, de uma Grécia da igualdade, da meritocracia, do estado social, da estabilidade e da confiança, com instituições que protejam o interesse público”, afirmou o chefe do Governo grego, num discurso anual na Feira de Salónica, que marca tradicionalmente a abertura do novo período político e económico.

A imagem da Grécia, sustentou, mudou radicalmente para melhor nos últimos anos e tanto os parceiros do país como os mercados internacionais reconhecem estas mudanças.

Como prova desta nova visão que, na sua opinião, existe da Grécia, Tsipras citou as palavras de um empresário francês, que esta semana acompanhou a visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, na sua visita a Atenas, que disse que o seu executivo tinha conseguido transformar o ‘Grexit’ num ‘Greinvest’, como demonstra o forte interesse dos investidores.

O primeiro-ministro reconheceu, no entanto, que a melhoria da economia que está a começar a registar-se — o Governo prevê um aumento do PIB de cerca de dois por cento, este ano — não abrange toda a sociedade e defendeu que o importante é conseguir um crescimento equilibrado que beneficie a maioria e não apenas alguns.

Tsipras anunciou que, em breve, apresentará uma série de iniciativas destinadas a melhorar as condições nos setores do turismo, agrário e da economia social, com o objetivo de reduzir a burocracia e de impulsionar o financiamento.

Travar a fuga de cérebros e colocar o desemprego abaixo dos 20% (atualmente em 21,7%) em 2018, ano em que a Grécia tem prevista a saída do programa de resgate, são outros dos objetivos.