Estas contas automáticas de retransmissão de mensagens (‘bots’) replicaram os ‘posts’ do então candidato republicano quase 470 mil vezes, representando um pouco mais de 4% das replicações de mensagens (‘retweets’) que o candidato recebeu entre 01 de setembro e 15 de novembro de 2016.
Por comparação, a conta da candidata democrata, Hillary Clinton, no Twitter, recebeu menos de 50 mil ‘retweets’ oriundos das contas destes programas informáticos ligados à Rússia, no mesmo período.
As conclusões constam de um conjunto de documentos enviados pela empresa tecnológica à comissão judiciária do Senado norte-americano, e mostram como estas contas ligadas à Rússia tentaram agitar a discórdia durante as eleições presidenciais de 2016, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
A documentação foi pedida pelo Congresso, que está a investigar a forma como as plataformas de redes sociais, como o Facebook, Youtube, Alphabet ou Twitter poderão ter sido manipuladas durante as eleições que deram a vitória ao candidato republicano.
Na investigação pedida pelas autoridades à empresa tecnológica Twitter, foi também avançado que contas ligadas à Rússia foram responsáveis por 48% a 73% dos ‘retweets’ da conta do Wikileaks no Twitter, num período em que o Wikileaks publicou emails pirateados do servidor do Partido Democrata.
As alegadas tentativas de interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas têm sido alvo de diversas investigações de várias entidades, incluindo o FBI.
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