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A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro, totaliza hoje 100 dias, sem que haja qualquer perspetiva de terminar em breve. Estas são as principais datas.
24 de fevereiro
- Rússia invade a Ucrânia para a “desmilitarizar e desnazificar”.
- Guerra começa com ataques de mísseis e incursões terrestres em direção a Kiev, Kherson e Mariupol.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fala por videoconferência com os líderes da União Europeia (UE), que se reúnem de emergência.
25 de fevereiro
- Zelensky divulga um vídeo para mostrar que permanece em Kiev e que não aceitou uma oferta dos Estados Unidos para sair do país.
26 de fevereiro
- O presidente russo, Vladimir Putin, lembra ao Ocidente que a Rússia possui armas nucleares.
- O chanceler alemão, Olaf Scholz, anuncia envio de armamento alemão para a Ucrânia.
28 de fevereiro
- Ucrânia e Rússia iniciam negociações na Bielorrússia.
- Zelensky pede à UE integração rápida do país.
- UE aprova apoio de 1.500 milhões de euros em armamento para a Ucrânia.
2 de março
- Forças russas cercam cidade portuária de Mariupol e assumem o controlo de Kherson, a segunda cidade ucraniana.
- Número de pessoas em fuga para países vizinhos aproxima-se de um milhão.
- Assembleia-Geral da ONU exige à Rússia fim da ofensiva numa resolução apoiada por 141 dos 193 Estados-membros, mas sem caráter vinculativo.
4 de março
- Rússia ataca maior central nuclear da Europa, Zaporijia, e cinco dias depois assume o controlo da de Chernobyl.
5 de março
- Zelensky critica NATO por não impor zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.
6 de março
- Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pede cessar-fogo imediato a Putin.
7 de março
- Na terceira ronda de negociações, Rússia exige uma Ucrânia neutra, e o reconhecimento da independência do Donbass e da soberania russa na Crimeia.
- Estados Unidos e Reino Unido anunciam embargo ao gás e petróleo russo.
9 de março
- Ataque russo à maternidade de Mariupol causa indignação internacional.
11 de março
- Coluna militar russa com 60 quilómetros de extensão avança para Kiev.
- Ucrânia ataca coluna de tanques russos perto da capital.
13 de março
- Rússia ataca base ucraniana a 20 quilómetros da fronteira polaca.
16 de março
- Mísseis russos atingem um teatro no centro de Mariupol, onde centenas de pessoas se tinham refugiado.
- Conselho da Europa expulsa a Rússia.
- Zelensky lembra ataques de Pearl Harbor e do 11 de setembro para pedir ajuda dos Estados Unidos, numa intervenção por vídeo no congresso norte-americano.
22 de março
- Divulgadas informações de que coluna militar russa que se dirigia para Kiev suspendeu a marcha.
24 de março
- Zelensky pede “assistência militar sem restrições” à NATO, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, responde que a aliança ajuda como pode.
26 de março
- Em Varsóvia, Biden chama “carniceiro” a Putin e diz que o líder russo “não pode permanecer no poder”.
- 29 de março
- Moscovo anuncia redução de ataques na região da capital ucraniana.
- Ucrânia aceita neutralidade e renúncia à NATO, na condição de que a sua segurança seja assegurada por outros países em caso de agressão russa.
31 de março
- NATO diz que tropas russas não estão a retirar-se, mas a reagrupar-se no leste.
2 de abril
- Ucrânia anuncia controlar região de Kiev após retirada das forças russas.
- Descoberta de centenas de cadáveres nas ruas e em valas comuns em Bucha, na periferia de Kiev, provoca a indignação internacional contra Moscovo, que nega acusações.
5 de abril
- À semelhança de outros países, Portugal expulsa 10 funcionários da embaixada da Rússia em Lisboa.
7 de abril
- ONU suspende Rússia do Conselho dos Direitos Humanos.
8 de abril
- Mísseis russos matam 52 pessoas na estação ferroviária de Kramatorsk (leste), onde civis tentavam fugir da guerra.
- Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reúne-se com Zelensky em Kiev.
- UE aprova embargo à importação de carvão russo.
13 de abril
- ONU alerta que a guerra deixa 1.700 milhões de pessoas expostas à falta de alimentos e energia.
14 de abril
- Ucrânia anuncia que afundou o navio-almirante da Frota do Mar Negro, “Moskva”.
19 de abril
- Rússia anuncia segunda fase da guerra para a libertação do Donbass.
- Scholz acusa Putin de ser responsável pela morte de milhares de civis.
21 de abril
- Putin manda parar assalto à fábrica Azovstal, onde estão os últimos defensores de Mariupol e civis, mas ordena um cerco para que “nem uma mosca possa sair”.
- À semelhança de outros países, Zelensky discursa por vídeo perante o parlamento português e pede apoio militar e diplomático.
26 de abril
- Secretário-geral da ONU, António Guterres, reúne-se com Putin em Moscovo.
28 de abril
- Guterres reúne-se com Zelensky em Kiev.
- Rússia ataca Kiev durante visita do chefe da ONU.
2 de maio
- UEFA proíbe clubes russos nas competições europeias de futebol em 2022-2023.
9 de maio
- Discurso de Putin nas celebrações do Dia da Vitória (1945) sem novidades sobre a Ucrânia.
- Presidente francês, Emmanuel Macron, propõe criação de uma "comunidade política europeia", em que caberia a Ucrânia, mas também o Reino Unido.
13 de maio
- Rússia anuncia “libertação na totalidade” da fábrica Azovstal e de Mariupol.
- Ucrânia diz que está a forçar retirada das tropas russas de Kharkiv.
14 de maio
- ONU contabiliza mais de 14 milhões de desalojados pela guerra, incluindo seis milhões de refugiados, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
16 de maio
- Combatentes ucranianos entrincheirados na fábrica Azovstal entregam-se às forças russas. Moscovo diz que se renderam 2.400 soldados.
18 de maio
- Suécia e Finlândia formalizam candidatura à adesão à NATO.
19 de maio
- Rússia expulsa cinco funcionários da embaixada de Portugal em Moscovo.
20 de maio
- Países do G7 comprometem-se a mobilizar 20.000 milhões de dólares (mais de 18.700 milhões de euros) para apoiar a Ucrânia.
21 de maio
- Primeiro-ministro português, António Costa, reúne-se com Zelensky em Kiev.
- Biden atribui novo apoio à Ucrânia de 40.000 milhões de dólares (37.500 milhões de euros).
23 de maio
- Ucrânia condena soldado russo a prisão perpétua por ter matado um civil desarmado, no primeiro julgamento sobre crimes cometidos na guerra.
- Zelensky pede sanções máximas contra Moscovo e saída de todas as empresas estrangeiras da Rússia ao discursar por vídeo no Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça).
24 de maio
- Ucrânia admite baixas de 2.500 a 3.000 soldados, e morte de 3.930 civis, incluindo mais de 200 crianças.
- A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusa Rússia de usar a escassez alimentar para chantagear Ocidente.
25 de maio
- Putin visita pela primeira vez soldados russos feridos na Ucrânia, num hospital militar de Moscovo.
- UE, Estados Unidos e Reino Unido anunciam criação de grupo de apoio à investigação de crimes de guerra.
- Rússia exige ao Ocidente levantamento de sanções como condição para se evitar uma crise alimentar mundial.
27 de maio
- Igreja Ortodoxa Ucraniana anuncia rutura com Patriarcado de Moscovo por apoiar a guerra na Ucrânia.
- Ucrânia admite que forças russas controlam a cidade de Lyman, na região de Donetsk.
- ONU diz ter confirmado morte de mais de 4.000 civis e anuncia o regresso à Ucrânia de 2,1 milhões de pessoas.
- Serviços de informações ucranianos admitem que a guerra poderá durar até ao final de 2022.
28 de maio
- Putin decreta fim do limite de idade para servir no exército.
- Macron e Scholz pedem a Putin para libertar os 2.500 combatentes ucranianos que se renderam na fábrica Azovstal.
29 de maio
- Zelensky visita Kharkiv e demite o chefe da segurança local, porque "não trabalhava na defesa da cidade".
30 de maio
- Forças russas intensificam ataques à cidade de Severodonetsk, no Donbass.
- UE aprova embargo às importações de petróleo russo até ao final de 2022, com um prazo mais alargado para países mais dependentes.
2 de junho
Zelensky anuncia que Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano (125.000 quilómetros quadrados).
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