Segundo o chefe da diplomacia ucraniana, Vadym Prystaïko, representantes dos Estados Unidos reuniram-se com o Presidente Volodymyr Zelensky e outros membros do Governo ucraniano, para fornecer algumas informações.
“Recebemos dados importantes que serão processados pelos nossos especialistas”, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia numa mensagem hoje divulgada na rede social Twitter.
O Presidente ucraniano pediu aos Estados Unidos, ao Canadá e ao Reino Unido que lhe fornecessem as informações que os fizeram afirmar acreditar que o avião foi abatido, inadvertidamente, por um míssil iraniano.
Zelensky deverá ainda discutir o assunto com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, hoje às 15:00 (13:00 em Lisboa).
Um avião ucraniano caiu, na quarta-feira, perto da capital do Irão provocando a morte das 176 pessoas que seguiam a bordo – 83 iranianos, 63 canadianos, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos, segundo o governo da Ucrânia.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani, ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
As primeiras indicações disponibilizadas pelas autoridades iranianas apontaram para a existência de problemas mecânicos, rejeitando um ataque com mísseis.
No entanto, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pediu uma “investigação completa, credível e transparente” sobre o desastre, referindo, após um contacto telefónico com o Presidente da Ucrânia, ter “informações muito perturbadoras”, das quais não forneceu pormenores.
Também o primeiro-ministro canadiano afirmou dispor de informações de que o voo foi derrubado por um míssil iraniano, acrescentando, no entanto, que a ação “pode não ter sido intencional”.
Para o Presidente norte-americano, Donald Trump, o avião ucraniano que caiu no Irão poderá ter sido derrubado por “um erro do outro lado” e anunciou a aplicação de uma nova ronda de sanções económicas contra o Governo de Teerão, como retaliação.
O Presidente iraniano prometeu que vai fazer uma investigação objetiva das causas do desastre aéreo, para a qual convidou a Boeing a participar.
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