De acordo com a agência noticiosa ucraniana Ukrinform, a exigência foi feita pelo assessor da Presidência ucraniana, Andrei Yermak, numa reunião com uma delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha, encabeçada por Mirjana Spoljaric Egger.
No encontro, a Ucrânia manifestou incompreensão “perante a passividade do comité internacional no que diz respeito à garantia dos direitos dos presos ucranianos” e espera que, com Mirjana Spoljaric Egger na direção, aquela organização consiga aceder aos locais de detenção.
Segundo a Ukrinform, Mirjana Spoljaric Egger disse que abordará, com os representantes da Cruz Vermelha, formas de melhorar as condições de detenção dos prisioneiros de guerra e de prevenir casos de tortura.
Ainda assim, lembrou que aquele comité internacional não tem competência para conceder autorização para visitar lugares de detenção de prisioneiros de guerra.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem criticado fortemente o CICV por não fazer o suficiente para ter acesso aos soldados ucranianos feitos prisioneiros pelas forças russas.
O próprio CICV tinha manifestado frustração por não poder cumprir o seu mandato, ao abrigo das Convenções de Genebra, que definem as leis da guerra.
Na quinta-feira passada, aquele comité internacional revelou que teve recentemente acesso aos prisioneiros de guerra ucranianos e russos, visitas que anteriormente tinham sido extremamente limitadas e esporádicas.
A Missão de Monitorização dos Direitos Humanos das Nações Unidas na Ucrânia descreveu recentemente os maus-tratos infligidos aos prisioneiros de guerra pelos seus captores russos e ucranianos, incluindo casos de tortura.
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