"Após uma longa investigação, a Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) revelou no domingo, 10 de abril, uma operação clandestina realizada pelos serviços de inteligência russos no nosso território. Seis agentes russos operando sob cobertura diplomática (...) foram declarados persona non grata", anunciou o Quai d'Orsay num comunicado de imprensa.

"Na ausência do embaixador russo, o número dois foi convocado ao Quai d'Orsay esta noite para ser informado desta decisão".

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, elogiou o trabalho da contra-inteligência francesa. "Notável operação de contra-inteligência. Bravo aos agentes da DGSI que impediram uma rede de agentes clandestinos russos", escreveu no Twitter. "Nas sombras, a DGSI zela pelos nossos interesses fundamentais", frisou.

Paris já tinha anunciado na última segunda-feira a expulsão de 35 diplomatas russos, repetindo a fórmula segundo a qual as suas atividades eram "contrárias" aos interesses franceses e especificando que a sanção fazia parte de "uma abordagem europeia".

O Quai d'Orsay disse à AFP que esses seis espiões foram adicionados à lista anterior.

Muitos outros países europeus, como Alemanha, Itália, Espanha, Eslovénia, Áustria, Polónia, Grécia e Croácia, expulsaram massivamente diplomatas russos desde o início da invasão da Ucrânia.

Os Estados Unidos, por sua vez, enviaram para casa 12 membros da missão diplomática russa na ONU no início de março.

Em alguns casos, essas expulsões responderam à da guerra na Ucrânia pelas forças russas e aos abusos pelos quais são acusados pelos ocidentais. Em vários outros casos, foram acompanhados de acusações de espionagem.