De acordo com uma reportagem do The New York Times na quinta-feira à noite, altos responsáveis do Governo dos Estados Unidos, liderado por Joe Biden, confirmaram esta fuga de informação.
O Departamento de Defesa (Pentágono) norte-americano está a investigar os possíveis responsável pela divulgação dos documentos, que surgiram no Twitter e Telegram, plataforma com mais de meio bilião de utilizadores e amplamente disponível na Rússia, lembra o jornal.
Analistas militares adiantaram que os documentos parecem ter sido modificados em certas partes do seu formato original, sobrestimando as estimativas norte-americanas de mortos ucranianos na guerra e subestimando a análise quanto ao número de soldados russos mortos.
As modificações podem apontar para um esforço de desinformação por parte de Moscovo, realçaram os analistas.
No entanto, as revelações nos documentos originais, que aparecem como fotografias de gráficos de entregas antecipadas de armas, forças de tropas e batalhões e outros planos, representam uma violação significativa da inteligência norte-americana no esforço de ajuda à Ucrânia, sublinha o The New York Times.
“Estamos cientes dos relatos de publicações nas redes sociais e o Departamento está a analisar o assunto”, referiu Sabrina Singh, subsecretária de imprensa do Pentágono.
Os documentos não fornecem planos de batalha específicos, ou de como, quando e onde a Ucrânia pretende lançar a sua ofensiva, que as autoridades norte-americanas dizem que provavelmente acontecerá no próximo mês.
Como os documentos têm cinco semanas, estes fornecem a visão norte-americana e ucraniana em 1 de março, do que as tropas ucranianas podem precisar para a campanha, destaca ainda o The New York Times.
Analistas referiram esta sexta-feira que é difícil, por agora e nos próximos meses, avaliar o impacto da divulgação dos documentos.
Esta alegada fuga de informação é o primeiro avanço da inteligência russa a ser tornado público desde o início da guerra.
Desde fevereiro de 2022, os Estados Unidos forneceram à Ucrânia informações sobre postos de comando, depósitos de munições e outros pontos importantes nas linhas militares russas, que permitiram importantes ofensivas das forças de Kiev, lembra o jornal.
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