“Temos um claro aumento nas entregas de gás da União Europeia, depois de Polónia, Eslováquia e Hungria”, disse o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Poroshenko garantiu que “a falta de gás está totalmente aliviada”, acrescentando que a Ucrânia tem agora “gás suficiente nos depósitos”, em resultados da própria produção e de importações.
Na sexta-feira, a Ucrânia pediu moderação na utilização de gás para o aquecimento das casas e as escolas foram encerradas, além de as fábricas terem reduzido o acesso àquela fonte de energia.
A falta de gás foi originada pela interrupção do abastecimento por parte do grupo russo Gazprom, em mais um episódio na “guerra do gás” entre os dois países.
Esta decisão de suspender o fornecimento de gás surgiu na sequência de uma decisão do Tribunal de Arbitragem de Estocolmo, na Suécia, que instou o grupo russo a pagar 2,56 milhões de dólares (2,07 milhões de euros) ao operador ucraniano Naftogaz.
A Gazprom ficou revoltada com a decisão judicial e recusou continuar a abastecer a Ucrânia, além de ter manifestado a intenção de romper o contrato com Kiev, em vigor até 2019.
Para resolver a falta de gás proveniente da Rússia, a Ucrânia assinou um acordo de urgência com o grupo polaco PGNiG.
Afetada pelo temporal de neve e com temperaturas que rondam os 15 graus centígrados abaixo de zero, a Ucrânia tem um défice de quase 20 milhões de metros cúbicos de gás diários.
Cerca de 30% do gás que se consome atualmente na União Europeia é proveniente da Rússia e metade é transportado com recurso aos gasodutos ucranianos.
A Rússia considera que Kiev não é um sócio fiável e quer o monopólio do transporte do gás.
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